MADURO DESAFIA OS ESTADOS UNIDOS, NÃO RESPEITA O ACORDO E SANÇÕES ECONÔMICAS PODEM VOLTAR NO DIA 30 DE NOVEMBRO
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, está apostando no perigo ao desafiar novamente os Estados Unidos, não cumprindo o acordo que fez os norte-americanos liberarem o país para vender petróleo e ouro. A carência era por seis meses. Maduro mandou suspender os efeitos das primárias de outubro, que definiram María Corina Machado como adversária do chavista nas urnas no ano que vem. Com isso, o acordo praticamente subiu no telhado. O governo dos Estados Unidos deu um prazo até o último dia deste mês para que o governo venezuelano permita que todos os candidatos concorram às eleições presidenciais de 2024, principalmente María Corina Machado, a vencedora das primárias de outubro. O trunfo de Maduro é exatamente o petróleo. Com a tensão pela expansão da guerra no Oriente Médio, comprar do quase vizinho, fica mais em conta do que o risco de se trazer os petroleiros desde o Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, nas barbas dos iranianos.
Juan González, principal assessor para assuntos da América Latina do presidente americano, Joe Biden, disse que “Antes do final de novembro, temos que ver um processo de reabilitação de todos os candidatos, incluindo María Corina Machado. Os venezuelanos que devem decidir quem serão os seus líderes.” González indicou que o governo americano também espera ver a libertação de “americanos detidos injustamente na Venezuela e outros presos políticos”. O assessor disse que se essas condições não forem cumpridas, tudo se reverterá. Não haverá mais alívio nas sanções contra a Venezuela, aplicado após a assinatura de um acordo eleitoral entre o governo do ditador Maduro e a oposição em Barbados no mês de outubro. “Poderemos retirar integralmente as licenças gerais e também há diferentes opções que estamos desenvolvendo, consultando o Congresso”, definiu González.
No dia 22 de outubro, a Venezuela realizou eleições primárias onde María Corina Machado, que está sujeita à inabilitação para ocupar cargos eletivos por ordem administrativa, obteve uma grande vitória. Mas o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, praticamente submisso ao ditador, anunciou poucos dias depois a suspensão para “todos os efeitos” de todas as fases das primárias da oposição, em resposta a um recurso apresentado pelo deputado opositor José Brito, que pediu a investigação de irregularidades.
O ditador venezuelano garantiu nesta terça-feira (7) que em 2024 haverá eleições presidenciais com ou sem sanções, o que representa uma decisão soberana do seu país, que, segundo ressaltou, não aceitará que ele chama de chantagem: “Ano que vem teremos eleição presidencial, está lá na Constituição e, como sempre, vai ser cumprida, impecavelmente, com sanções ou sem sanções, vamos às eleições“.
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