ABIQUIM PARTICIPA DE FÓRUM INTERNACIONAL NO QUÊNIA PARA DEBATER O ACORDO GLOBAL DOS PLÁSTICOS E A POLUIÇÃO CAUSADA POR ELES
A Abiquim está participando da 3ª rodada de negociações sobre o Acordo Global dos Plásticos, que está sendo realizada em Nairobi, no Quênia. É o Intergovernmental Negotiating Committee on Plastic Pollution 3(INC3). O Acordo é resultado de uma Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA), que endossou a convocação do Comitê de Negociação Intergovernamental, com o objetivo de desenvolver um instrumento internacional juridicamente sobre a poluição plástica, incluindo o ambiente marinho. Ele poderá incluir ainda, abordagens vinculativas e voluntárias, de maneira abrangente para todo o ciclo de vida dos plásticos, tendo em conta, os princípios da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e capacidades nacionais, com a ambição de concluir seu trabalho até o final de 2024.
Durante a reunião preparatória no dia 12 de novembro, a Abiquim, em nome da Coalizão Latino-Americana das Indústrias do Plástico, entregou aos governos dos países do Grupo da América Latina e Caribe (GRULAC), um documento que indica preocupações do setor para o Acordo Global de Plásticos, enfatizando sobretudo, a necessidade de reconhecer as diferentes características regionais e nacionais ligadas ao financiamento da transição para a economia circular.
André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, afirmou que o objetivo é dialogar e contribuir ativamente para o tema, lembrando que a Associação já vem atuando junto aos representantes do governo brasileiro no sentido de adotar um instrumento que seja adequado à realidade de cada país. Passos ressaltou que as indústrias química, petroquímica e de plásticos possuem uma ampla cadeia de valor responsável pelo fornecimento de produtos estratégicos para o setor de consumo.
Em seu discurso na assembleia, ele disse que “A produção de plástico é relevante para países com setores manufatureiros em grande escala, tais como: alimentos, bebidas, automotivo, eletricidade, construção, saúde, assistência médica, têxtil entre outros. Em muitos setores, os plásticos são insumos essenciais para combater a proliferação de doenças e garantir o abastecimento alimentar da população, bem como para garantir a transição energética e combater as alterações climáticas.” Ele disse também que o setor está consciente de ações negativas associadas à gestão incorreta dos resíduos plásticos, reconhecendo os desafios das indústrias ao assumir a responsabilidade para encontrar soluções para estes desafios. As negociações do INC3 irão até o próximo domingo (19) e terão como base o texto correspondente ao “draft zero” , proposto para facilitar e apoiar o trabalho do comitê de negociação intergovernamental e que contempla os pontos de vistas da primeira e da segunda sessão do INC.
Deixe seu comentário