OMNI TÁXI AÉREO AMPLIOU SUA PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EM 2023 E PLANEJA EXPANDIR SUA FROTA AO LONGO DE 2024

Na edição de hoje (3) do Projeto Perspectivas 2024, vamos conhecer os resultados e expectativas da Omni Táxi Aéreo, subsidiária do grupo Omni Helicopters International (OHI) que atua prestando suporte às operações offshore da indústria de petróleo no Brasil. O CEO da companhia, Roberto Coimbra, faz um balanço muito positivo das operações em 2023. Segundo ele, a empresa conquistou novos contratos durante o período e ampliou sua fatia de mercado para 57%. Atualmente, a frota da companhia conta com 70 aeronaves – e esse número poderá ser ampliado ao longo de 2024. “Com 15 novos contratos assegurados, incluindo parcerias estratégicas com Petrobras, Subsea-7, Petronas e BP Energy, a empresa projeta encerrar o ano com uma frota de 80 aeronaves”, projetou o executivo. Coimbra relatou ainda que a Omni tem a perspectiva de operações internacionais, incluindo um contrato com a Equinor na Argentina. Outra novidade no horizonte é a introdução de operações de drones classe 1 e 2 para transporte de pequenas cargas offshore. O entrevistado acrescenta também que “cenários possíveis de fusão e aquisição ou mesmo abertura de capital são possibilidades presentes, a depender do comportamento da economia em 2024”.

Como foi o ano de 2023 para sua empresa no seu segmento de negócios?

O ano de 2023 foi marcado por conquistas extraordinárias para a Omni Táxi Aéreo em seu segmento de negócios. Fechando 16 novos contratos e elevando sua participação de mercado para 57%, a empresa consolidou-se como líder inquestionável no transporte de helicópteros offshore no Brasil.

Com uma frota relevante de 70 aeronaves, incluindo 18 de grande porte e 7 supermédias, a Omni alcançou a notável marca de mais de 5 milhões de passageiros transportados. Operando em 11 bases e realizando 700 mil viagens por ano, a empresa se destaca como a maior do setor, proporcionando operações sólidas e seguras para a indústria de energia.

O crescimento da Omni não se limitou apenas ao transporte de passageiros para plataformas, expandindo para o apoio em linhas de transmissão, tornando-se a única no Brasil capacitada para transporte de carga externa superior a duas toneladas. A inauguração do Centro de Controle Operacional (CCO) em abril e a diversificação das operações na Guiana com os helicópteros S-92 e AW-139 são marcos importantes.

O comprometimento e satisfação da nossa equipe reflete-se no selo GPTW conquistado, com mais de 80% de satisfação dos colaboradores. A certificação em operação HOIST, com guincho, e o Prêmio Shell por excelência em segurança de voo, destacando o fator humano, reforçam o compromisso da Omni com os mais altos padrões e inovação no Brasil.

O ano de 2023 termina com a empresa concentrando esforços no aprimoramento da sua contribuição no âmbito ESG, evidenciando o compromisso contínuo em alcançar resultados cada vez mais robustos. Destacamos especialmente a parceria estabelecida com a Revo, uma empresa do Grupo OHI, cujo lançamento ocorreu no segundo semestre de 2023 em São Paulo, visando impulsionar a mobilidade aérea em grandes centros urbanos. Este projeto se configura como um embrião para a transição para o mercado do Evtol, previsto para a segunda metade desta década.

A Omni buscou elevar os padrões da indústria em 2023, consolidando sua posição como líder e inovadora no transporte aéreo offshore no Brasil.

Quais sugestões gostaria de passar para o governo ou para o mercado com o objetivo de melhorar as condições de negócios no Brasil?

A Omni tem buscado ativamente aumentar sua contribuição nos fatores ESG, enfatizando a importância de parcerias com o governo e medidas de mercado para aprimorar as condições de negócio no Brasil.

Na esfera ambiental, a empresa adotou algumas políticas de redução da pegada de CO2, mas considera sua contribuição ainda tímida. Uma sugestão valiosa seria o governo criar políticas favoráveis para a produção e utilização de combustíveis sustentáveis (SAF) no país, promovendo ações que facilitem a introdução desse tipo de combustível no curto prazo. A Omni estudou a importação do produto, mas os custos do SAF e os altos valores de frete e importação tornam a sua utilização proibitiva neste momento.

Além disso, a otimização de valores e impostos relacionados aos combustíveis atuais e na transição para o SAF para as empresas de transporte aéreo offshore seria crucial. Proporcionar benefícios fiscais a esse segmento estratégico de energia, responsável por contribuir significativamente para o crescimento do Brasil, poderia aliviar os desafios financeiros enfrentados devido aos custos elevados de combustíveis e impostos associados. A Omni aposta na transição energética no longo prazo, com a meta estabelecida de sermos Net Zero em 2050, mas reconhecendo que os combustíveis fósseis ainda desempenham um papel significativo nessa transição.

Por fim, visando o longo prazo, incentivar a fabricação local de aeronaves destinadas ao segmento offshore seria uma medida transformadora. Estimular a produção nacional de partes e peças, em colaboração com grandes fabricantes aeronáuticos, não apenas reduziria custos de importação, mas também geraria empregos e renda no Brasil, promovendo a independência e o desenvolvimento sustentável do setor de transporte offshore. Este modelo, inspirado em casos bem-sucedidos do passado, poderia fortalecer a indústria aeronáutica nacional e solidificar o país como um centro de excelência nesse segmento.

Quais são as suas perspectivas de negócios dentro do seu setor para este novo ano que está para começar? E quais as perspectivas da nossa economia para o ano de 2024?

A Omni Táxi Aéreo encara o ano de 2024 com grande otimismo, destacando um contínuo crescimento e aprimoramento em indicadores de segurança e eficiência operacional. Com 15 novos contratos assegurados, incluindo parcerias estratégicas com Petrobras, Subsea-7, Petronas e BP Energy, a empresa projeta encerrar o ano com uma frota de 80 aeronaves.

Temos ainda a perspectiva de operações internacionais, incluindo uma operação de 3 a 4 meses que faremos na Argentina, em atendimento à Equinor no 2T24.

No âmbito ESG, a Omni intensifica suas políticas de segurança e governança, avançando em direção à certificação do selo Pró-ética em 2024. Temos um comitê interno ESG, formado na sua grande maioria por mulheres, cada vez mais ativo e que tem trazido importantes sugestões às nossas políticas. Além disso, o compromisso com o bem-estar dos colaboradores se reflete na renovação almejada do selo GPTW, buscando uma posição ainda mais destacada.

A inovação surge com a introdução de operações de drones classe 1 e 2, promovendo eficiência no transporte de pequenas cargas offshore para Petrobras. Este movimento antecipa um mercado promissor no Brasil, especialmente na categoria de drones classe 1 e 2.

Quanto à economia brasileira, o cenário é favorável, com diversas empresas antecipando ou ampliando operações de perfuração e produção, refletindo em encomendas crescentes e uma previsão de faturamento superior a 2 bilhões de reais em 2024.

A estabilidade do dólar, a aprovação da reforma tributária, recordes sucessivos do índice Ibovespa e a expectativa de crescimento econômico contribuem para um ambiente propício ao crescimento sustentado da Omni, que planeja investir não apenas na empresa, mas também no setor como um todo. Cenários possíveis de fusão e aquisição ou mesmo abertura de capital são possibilidades presentes, a depender do comportamento da economia em 2024.

O compromisso é gerar empregos, renda e oferecer serviços cada vez mais sustentáveis, seguros e eficientes aos clientes.