ENGEMAN FECHA NOVO CONTRATO DE MARINHARIA EM PLATAFORMAS DA PETROBRÁS E CONSOLIDA PRESENÇA NESSE SETOR | Petronotícias




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ENGEMAN FECHA NOVO CONTRATO DE MARINHARIA EM PLATAFORMAS DA PETROBRÁS E CONSOLIDA PRESENÇA NESSE SETOR

Gledson-21 copiarOs serviços de marinharia correspondem a um conjunto das técnicas utilizadas na construção, operação e manutenção de embarcações. São atividades muito importantes em plataformas de óleo e gás, por exemplo. A demanda desse tipo de serviço no Brasil despertou o interesse da empresa pernambucana Engeman, que fez novos investimentos para conquistar negócios nesse nicho de mercado. E, até aqui, os resultados têm sido promissores. Recentemente, a companhia fechou um terceiro contrato do tipo com a Petrobrás, para prestação de serviços em plataformas na Bacia de Santos (P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70). Em entrevista ao Petronotícias, o gerente de operações da Engeman, Gledson Braga, explica que a ideia da empresa é ampliar a atuação no mercado de marinharia para clientes em todo Brasil ao longo de 2024. Em paralelo, o executivo conta também que a Engeman também está estruturando a implantação de um Centro de Qualificação Técnica para formar novos profissionais e atender a demanda operacional crescente. Outra possibilidade estudada pela companhia é a instalação de uma nova base operacional em Macaé ou Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro.

Poderia relembrar aos nossos leitores quais são os contratos atuais da Engeman envolvendo os serviços de marinharia?

FPSO P-70

FPSO P-70

Atualmente temos atuação na Bacia de Campos (mercado privado) e nas Bacias do Ceará e Rio Grande do Norte, onde a marinharia está inserida em um escopo de O&M [operação e manutenção].

Para 2024, estamos com 3 contratos em processo de mobilização com a Petrobrás. O primeiro deles é na Unidade de Negócios do Espírito Santo (UN-ES), para as unidades próprias P-25, P-31, P-57, P-58, MOP-1 e PRA-1. O segundo é na Unidade de Negócios da Bacia de Santos (UN-BS), para Unidades Próprias PMXL, PMLZ e P-71. Por fim, mais recentemente fechamos o terceiro contrato, também na UN-BS, para as Unidades que a Petrobrás atua em sociedade com empresas privadas (P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70). Todos esses contratos possuem duração de quatro anos, podendo ainda serem prorrogados.

Existem novos contratos desse tipo de atividade sendo mapeados?

A Engeman reestruturou seus processos, equipe e SGI [Sistema de Gestão Integrada] para que possamos expandir a prestação de serviços para o mercado privado. Nosso foco é ampliar a atuação no mercado de marinharia para clientes em todo Brasil ao longo de 2024, ampliando o escopo de atividades em que já somos consolidados no mercado, como Manutenção, Operação e Integridade das plataformas e embarcações.

Quais são os desafios envolvidos nesse tipo de contrato?

engemanUm dos maiores desafios desses contratos é a unificação do escopo, que antes eram distribuídos em dois contratos (serviços de marinharia e Radiotelefonia), também atendendo às normas das Bandeiras de registro das Unidades, que nesses contratos são da Libéria, Ilhas Marshall e Panamá.

Outro desafio é o recrutamento de trabalhadores com a devida experiência solicitada pelo cliente Petrobrás, além da manutenção da capacitação dos trabalhadores para atendimento a todos os requisitos contratuais, que são de quantitativo significante, visando garantir a segurança da operação e de todos os trabalhadores a bordo.

Poderia explicar aos nossos leitores, de modo geral, o que são os serviços de marinharia?

É o conjunto das técnicas utilizadas na construção, operação e manutenção de embarcações. São atividades extremamente complexas como controlar e manter a estabilidade das operações, executar operações de onloading (carga) / offloading (descarga), controlar níveis de pressões dos tanques de cargas, manobras de aproximação, amarração/desamarração, atender em caso de mau tempo eminente às manobras de convés e fechar as portas, entradas de ventilação e vigias, prestar assessoria e consultoria quanto à aplicação das convenções e códigos internacionais ratificados pelo Brasil. Exemplo: SOLAS, LSA, MODU CODE, STCW, MARPOL 73/78, resoluções da IMO, ISM-Code, normas das Bandeiras de Registros e regras de Sociedade Classificadora pertinentes as plataformas flutuantes da PETROBRAS, além de muitas outras. São nossos colaboradores que garantem a Salvatagem da Unidade, garantindo o cumprimento mínimo do CTS (Cartão de Tripulação de Segurança) da unidade, garantindo o número mínimo de tripulantes, distribuídos de forma qualitativa, que uma embarcação deve possuir.

Qual a importância desse tipo de atividade para o ambiente das plataformas de petróleo e gás?

Base da Engeman em Macaé

Engeman inaugurou uma base em Macaé em maio de 2022 e estuda implantação de outra planta

Garantir e apoiar as atividades para serem executadas com segurança, preservando a saúde e segurança da unidade, trabalhadores e meio ambiente.

O serviço garante a Petrobrás a execução diária de suas atividades offshore. Se não garantirmos o cumprimento do CTS mínimo a bordo, conforme mencionado anteriormente, a Conformidade das Unidades, suas atividades serão interrompidas, por conta de todos os requisitos legais que precisam ser garantidos.

Como a Engeman se preparou para atender a contratos desse porte?

Em constante crescimento, a Engeman vem realizando investimento significativo em seu backoffice, desde a reestruturação de equipes, processos, atividades de apoio (SGI, jurídico, QSMS, Suprimentos, RH, DP, Conformidades, entre outras).

Para 2024, alinhado ao seu Planejamento Estratégico, a Engeman está estruturando um projeto inovador. Trata-se do Centro de Qualificação Técnica Engeman que está tendo o seu escopo em desenvolvimento, permitindo a qualificação contínua de nossa equipe, além de formar novos profissionais para atender a demanda operacional crescente, antecipando o risco de saturação do mercado offshore, que tem previsão de inúmeras FPSOs entrando em operação nos próximos anos, gerando aumento na demanda de profissionais qualificados.

Não podemos descartar também que está em fase de oportunidade, a possibilidade de mais uma base operacional, que estamos avaliando ser em Macaé ou Rio das Ostras, além da ampliação da recém inaugurada base de Macaé (Cabiúnas).

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