ANP PREVÊ QUE INVESTIMENTOS NA FASE DE PRODUÇÃO NO BRASIL SOMARÃO R$ 130 BILHÕES EM 2024
Os investimentos na fase de produção dos contratos atuais de petróleo e gás do Brasil somarão pouco mais de R$ 130 bilhões no ano de 2024. O dado foi apresentado nesta semana pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A maior fatia desse bolo (cerca de R$ 37 bilhões) será destinada às obras de plataformas. Em seguida, aparecem a atividade lançamento de linhas, que demandará recursos de R$ 27,7 bilhões no ano, e a perfuração de poços produtores, com previsão de R$ 12,4 bilhões em investimentos. Serão 11 obras para construção de plataformas, 1.228 km de linhas (incluindo risers) lançadas e 393 poços produtores perfurados neste ano, de acordo com a ANP.
A Bacia de Santos receberá a maior parte dos investimentos (60,4%), totalizando R$ 310,7 bilhões. Em segundo lugar, aparece a Bacia de Campos, com 144,7 bilhões (28,17%), seguida da Bacia de Sergipe, com R$ 32,1 bilhões (6,26%). Os dados completos estão disponíveis no Painel Dinâmico de Consulta das Previsões de Atividades, Investimentos e Produções na Fase de Produção.
Entre 2024 e 2028, estão previstos aproximadamente R$ 514 bilhões em investimentos na fase de produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Dentro desse total, destacam-se as bacias de Santos, com 61%, e Campos, com 28% dos investimentos.
No mesmo período, são estimados volumes médios de produção de 667 mil metros cúbicos por dia (m3/d) de petróleo (ou seja, 4,195 milhões de barris por dia) e 209 milhões de m³/d de gás natural, sendo 180 milhões de m³/d após desconto do CO2.
Com relação às previsões de atividades a serem realizadas pelos operadores dos campos até 2028, destacam-se: perfurações (1,7 mil) e recompletações (1,8 mil) de poços produtores; aquisição sísmica 3D (22,3 mil km²); lançamento de linhas e risers (6,3 mil km); remoção de linhas (3,5 mil km); e abandono (cerca de 3,9 mil) e arrasamento de poços (cerca de 3,8 mil).
Segundo a ANP, as informações foram divulgadas com base nos Programas Anuais de Trabalho e Orçamento (PAT) e Programas Anuais de Produção (PAP) dos contratos vigentes, estando sujeitas a atualizações a qualquer momento. As previsões são referentes somente à fase de produção, que é a segunda fase dos contratos.
Recentemente, a agência já havia divulgado a previsão de atividades e investimentos na fase de exploração, que deverão somar US$ 1,96 bilhão em 2024. Deste montante, cerca de 95% dos investimentos previstos para 2024 estão concentrados nas bacias marítimas. Para as da Margem Equatorial (bacias marítimas da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar) a previsão é de cerca de US$ 1,09 bilhão. Para as bacias da Margem Leste (bacias marítimas de Pernambuco-Paraíba, Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Camamu-Almada, Jequitinhonha, Cumuruxatiba, Mucuri, Espírito Santo, Campos, Santos, Pelotas), o total pode chegar a US$ 772 milhões.
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