DIRETOR DA FUP DIZ QUE A FEDERAÇÃO NÃO RESPONSABILIZOU FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS PELO ACIDENTE NA RNEST, MAS AS EMPRESAS TERCEIRIZADAS
Recebemos, agora há pouco, uma correspondência da Federação Única dos Petroleiros (FUP) pedindo a publicação de uma mensagem, em função da repercussão de uma reportagem falando sobre um comunicado emitido pela própria FUP, que causou um grande número de mensagens criticando não só a federação, mas também o seu diretor geral, Deyvid Bacelar, bem como a sua conduta e o seu posicionamento político. No comunicado do dia 26 de janeiro, a FUP criticava e responsabilizava as empresas terceirizadas pelo acidente ocorrido no dia 26 de janeiro, durante um serviço de manutenção em dos tanques de armazenamento de combustível da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. No acidente, houve uma explosão ferindo quatro petroleiros, felizmente sem mortes. Se a FUP responsabilizava as empresas terceirizadas, o Petronotícias entendeu que também, por consequência, responsabilizava os trabalhadores terceirizados, por isso destacou isso em seu título.
Como ponderação, o Petronotícias disse também que “talvez fosse melhor esperar o resultado das investigações para se apurar os responsáveis.” No comunicado enviado para o Petronotícias, na ocasião, o diretor geral da FUP não mencionava nada sobre a fiscalização que deveria ter sido feita por profissionais própios da Petrobrás, nem sobre o planejamento de trabalho, também feito por funcionários da Petrobrás, alertando sobre os perigos de uma operação como esta: solda em tanques de combustíveis. Quem presta serviço para Petrobrás sabe que a responsabilidade é de quem deu a autorização de funcionamento e a responsabilidade da contratação. e da fiscalização do serviço contratado. Qualquer serviço a ser executado numa instalação da Petrobrás, é obrigatório obter a (PT) Permissão de Trabalho, que é fornecida pelo técnico da Petrobrás, responsável pela área/equipamento onde será feita a intervenção.
A Petrobrás atua com rigor na exigência de empresas terceirizadas em relação a sua política de QSMSRS. Por isso, omitir em sua nota esse processo e simplesmente responsabilizar as empresas terceirizadas, pareceu açodamento para encontrar culpados. Sem investigação, seria uma precipitação. Além disso, felizmente, além de empregar funcionários próprios, a companhia envolve um sem número de outras empresas privadas que prestam suporte em suas operações. Não parece ser justo defender uma reserva de empregos apenas para a estatal. Isso a tornaria ineficiente e usada para fins políticos. Não há só inteligência na empresa estatal, como podemos aferir em todo mercado da indústria de petróleo.
Para conferir a nossa matéria, basta clicar aqui para ler o que foi dito (clique aqui para ler). Mas, ainda assim, o Petronotícias irá publicar a nota enviada pela FUP para a conclusão de nossos leitores do que dissemos e que, em nenhum momento, faltamos com respeito ou noticiamos algo com imprecisão.
NOTA FUP:
“A matéria publicada no site Petronotícias “Federação Única dos Petroleiros reage à explosão no RNEST e responsabiliza trabalhadores terceirizados antes da investigação” contém erros e imprecisões, atribuindo à FUP o que ela não disse. A matéria foi escrita a partir de release divulgado pela FUP à imprensa na última sexta-feira, 26. Mas o sentido das informações foi alterado pelo Petronotícias. Ao contrário do publicado, a FUP e seus sindicatos não responsabilizaram trabalhadores terceirizados pelo acidente na RNEST (Refinaria Abreu e Lima).
A FUP e sindicatos criticam, sim, o processo de terceirização da área de segurança da empresa, que elimina processos que garantem a melhor gestão e treinamentos para evitar acidentes. A terceirização traz um risco para a unidade e todos os trabalhadores que estão atuando nela, sejam ou não terceirizados. Além disso, a FUP critica acima de tudo o desmonte da empresa – que passou por processos de terceirização – e os desinvestimentos promovidos pelo governo passado, que a atual gestão da Petrobrás vem tomando providências para reverter, seja melhorando investimentos na refinaria, seja realizando concursos públicos para reposição de efetivo próprio.
Foi requerida a retificação à publicação. A nota foi publicada no rodapé da matéria no sábado, 27, mas não estancou a desinformação e a propagação de informação inverídica promovida pelo site, pois o texto errado não foi alterado e tampouco o título foi corrigido.
Diante disso, a FUP, via seu Departamento Jurídico, solicita o direito de resposta com o mesmo destaque e espaço dado à equivocada matéria e que gera distúrbios nas relações de trabalho.”
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