PETROBRÁS E ARCELORMITTAL VÃO ESTUDAR CRIAÇÃO DE HUB DE CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE CARBONO NO ESPÍRITO SANTO
A Petrobrás e a ArcelorMittal Brasil anunciaram no início da noite desta segunda-feira (26) que vão unir forças para avaliar negócios em baixo carbono. As duas companhias assinaram um Memorando de Entendimento com o propósito de explorar possíveis modelos de negócios que sejam vantajosos para ambas as partes na economia de baixo carbono. As empresas colaborarão para identificar oportunidades comerciais e parcerias potenciais no Brasil. Uma das ideias sobre a mesa é a um estudo conjunto voltado ao desenvolvimento de um hub de CCS (captura e armazenamento de CO2) no estado do Espírito Santo, bem como a avaliação de modelos de negócios que viabilizem economicamente a sua implementação.
A Petrobrás disse que já iniciou o mapeamento de reservatórios geológicos que podem se configurar como opção segura e adequada de armazenamento do carbono, estudando também instalações da companhia existentes no Espírito Santo para integrarem a infraestrutura do hub de CCS para o estado.
No conceito de hub, o dióxido de carbono (CO2) é capturado em diversas localidades e proveniente de diversas fontes de emissão, tais como a indústria siderúrgica, termoelétricas, indústria cimenteira, unidades de processamento de gás natural, entre outras. Esse CO2 é então transportado através de uma rede interconectada de gasodutos, que pode ser compartilhada e otimizada, permitindo o armazenamento eficiente de grandes volumes de CO2 em reservatórios geológicos apropriados.
“O segmento siderúrgico é uma das áreas em que a Petrobrás pode agregar muito valor, em possíveis parcerias de negócio de baixo carbono ou explorando potenciais acordos comerciais vinculados aos projetos que a Petrobrás desenvolve no setor, envolvendo não somente CCS, mas também energia renovável, hidrogênio e seus derivados e combustíveis de baixo carbono”, avaliou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim (foto principal). “Este acordo com a ArcelorMittal é mais uma das iniciativas que a Petrobras desenvolve em conjunto com empresas líderes em seus segmentos de atuação e demonstra o compromisso das duas companhias em construir um futuro mais sustentável, buscando uma transição para uma economia de baixo carbono de forma justa e inclusiva, que promova de forma concomitante o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil”, concluiu.
Já o CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, Jorge Oliveira (foto acima, à direita), disse que projetos de captura e uso do CO2 de forma produtiva e segura, com transporte e armazenamento adequados, representam uma estratégia tecnológica fundamental diante de um cenário de economia de baixo carbono. “Daí o interesse das duas empresas em identificarem soluções mutuamente benéficas, que sejam tecnicamente possíveis e economicamente sustentáveis”, disse. Segundo ele, essa iniciativa está alinhada com a meta global do Grupo de se tornar neutro em carbono até 2050. “É mais um passo em nossa jornada pela descarbonização. A transição para uma economia mais sustentável em relação ao carbono é essencial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e preservar o meio ambiente para as futuras gerações. Nós estamos comprometidos a participar ativamente desse processo”, completou o executivo.
Nada de fertilizantes e gás natural. Importar…importa….