O CRESCIMENTO DO NÚMERO DE DRONES E AS SUAS DIVERSAS APLICAÇÕES NO BRASIL AMPLIA REDE DE OPORTUNIDADES
A profissionalização do mercado de drones vem abrindo inúmeras oportunidades de negócios no Brasil, especialmente nos setores de inspeções, logística, militar, óleo e gás e agricultura, que usam ao máximo as potencialidades desses equipamentos não tripulados. Esse é um cenário que será amplamente apresentado, seja em forma de equipamentos e serviços ou durante a programação de seminários e cursos da DroneShow Robotics 2024, evento organizado pela MundoGEO e que será realizado entre 21 e 23 de maio de 2024, no Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo, em São Paulo. O que há alguns anos era uma grande novidade, a entrega de refeições por drones já é comum em determinados mercados brasileiros, mas para além do delivery de comida, os drones avançam para o transporte de outros produtos, de variados tamanhos e pesos, atendendo segmentos bem distintos. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou recentemente o transporte de substâncias biológicas de categoria B — materiais, análises clínicas e outros — para a Speedbird Aero, fabricante e operadora nacional de drone delivery, em parceria com o Grupo Fleury. Os drones da empresa que estará na feira em maio também já realizam entregas de mercadorias vendidas em e-commerce.
O próximo passo é o transporte de cargas pesadas, o que pode impactar fortemente os processos logísticos. A Moya Aero, uma outra empresa brasileira, está desenvolvendo um drone eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) capaz de carregar cargas de até 200 kg — o protótipo já voou e estará em exposição na DroneShow Robotics. Com uma autonomia de 300 km, o veículo abre uma janela de oportunidades para o transporte de cargas entre centros de distribuição ou unidades de uma mesma empresa, de forma mais rápida e barata que o transporte terrestre. O CEO da MundoGEO, Emerson Granemann, diz que “Gradualmente as operações de drones na logística indoor e delivery no ambiente rural vão crescendo devido ao baixo risco, entretanto com o avanço da tecnologia embarcada e os recursos de segurança ficando mais robustos as liberações para voos em áreas urbanas em rotas previamente estabelecidas tendem a crescer exponencialmente.”
As inspeções também ganharam força nos últimos anos a partir do uso de drones, principalmente pela agilidade e baixo custo, desde inspeções em fachadas de prédios até monitoramento de linhas de transmissão de energia. Mais recentemente, os drones deixaram o ambiente externo e migraram para dentro de infraestruturas, realizando inspeções em grandes armazéns, mas também em locais de difícil acesso em indústrias. Além de capturar imagens com câmeras e sensores 3D, alguns drones são capazes de agir e executar tarefas, como limpeza de estruturas. “Estimativas extraoficiais apontam que o Brasil tem mais de 10 mil drones realizando o trabalho de pulverização no campo. O potencial de uso no país é de 50 mil drones fazendo este trabalho, devido a sua rapidez, precisão e menor custo comparado com outros processos com a mesma finalidade. Como comparação, a China com uma área agricultável semelhante à nossa, já utiliza mais de 100 mil drones para pulverização”, explica Granemann
Deixe seu comentário