ATAQUE DO IRÃ A ISRAEL É HISTÓRICO E DE CONSEQUÊNCIAS IMPREVISÍVEIS PARA OS DOIS PAÍSES E PARA TODO O MUNDO
Um ataque histórico e de consequências imprevisíveis. É assim que pode ser visto o ataque do Irã contra o território israelense na madrugada de hoje (14), em horário do Oriente Médio. Mais de 400 mísseis e drones foram lançados pelas forças armadas iranianas, no primeiro ataque direto na história feito por iranianos contra Israel. A justificativa do Irã é que seria uma resposta contra um ataque de Israel que explodiu a embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando importantes generais e chefes militares. Eles seriam os mentores dos ataques feitos pelo Hamas contra Israel, em outubro de 2023, quando foram mortos 1.200 israelenses, entre bebês, idosos, jovens e mulheres. Além disso, mais de centenas de pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Algumas delas ainda estão sob poder dos terroristas.
O Irã queria dar um “recado ao povo israelense”. Se foi, ele não teve consequências reais. 99% dos mísseis, segundo o chefe das forças armadas israelenses, foram interceptados pelo “ Domo de Ferro”, o sistema de defesa aéreo de Israel, e também com a ajuda de equipamentos operados por franceses, além dos caças jordanianos, aliados de Israel, que também interceptaram mísseis e drones. Agora, espera-se uma contra ofensiva de Israel. O comando político-militar está em reunião permanente. Espera-se uma resposta dura e o que seria uma oportunidade de atacar alvos nucleares iranianos, que estão enriquecendo urânio a níveis militares para produzir uma arma atômica. Dos Estados Unidos, o Presidente Joe Biden mandou dois recados para premier istaelense Benjamin Netaniahu: “ Os Estados Unidos apoiarão Israel, mas irão se envolver.” O outro é para que “Israel aceite a vitória”, em referência a grande interceptação dos ataques. Mas dificilmente Israel deixará pra lá, fingindo que nada aconteceu.
Após o ataque iraniano a Israel no domingo, o Diretor da Organização de Defesa de Mísseis de Israel, Moshe Patel, elogiou os investimentos de defesa de Israel, dizendo que “Nosso programa de defesa Guerra nas Estrelas valeu a pena.” Ele disse que quase 40 anos de investimento em defesa contra mísseis de longo alcance, finalmente valeram a pena na defesa contra o ataque massivo do Irã. “Todos os sistemas de defesa provaram ser bons. Todas as suas ações foram coordenadas após significativa preparação e desenvolvimento dos sistemas, simulações e integração com unidades de batalha reais. Se alguém pensasse que os cenários eram imaginários em que Israel necessitaria de defesa antimísseis de longo alcance, finalmente percebeu a relevância.”
Para lembrar, o programa de defesa contra mísseis de longo alcance começou em 1986, quando o presidente dos EUA, Ronald Reagan, também estava encantado com a ideia de uma defesa antimísseis verdadeiramente eficaz para os EUA contra a União Soviética. Depois que o Iraque atacou Israel com uma série de mísseis Scud de longo alcance em 1991, o programa ganhou um impulso.
Eventualmente, o Iron Dome, que fornece defesa de curto alcance contra grandes volumes de foguetes mais fracos do Hamas e do Hezbollah, ultrapassou a defesa antimísseis de longo alcance Arrow. Ainda assim, o sistema de mísseis Arrow continuou e foi desenvolvido com as versões II e III, e eventualmente Israel também desenvolveu o David’s Sling para defesa de nível médio, drones e mísseis de cruzeiro. O Arrow e o David’s Sling foram as estrelas da defesa de Israel contra mais de 300 ameaças aéreas do Irã.
DE INIMIGO A ALIADO
Jatos jordanianos participaram do abate de drones iranianos. Imagens noturnas da Jordânia mostraram interceptações de drones de ataque iranianos com destino a Israel. Fontes oficiais em Amã confirmaram que os caças jordanianos neutralizaram com sucesso os drones iranianos. Este incidente sublinhou a transformação da Força Aérea Jordaniana de antigo adversário em aliado crítico de Israel. Historicamente, em setembro de 1948, um piloto israelense pilotando uma versão tcheca do nazista Messerschmitt 109 abateu um avião de transporte jordaniano De Havilland Dragon Rapide. A aeronave foi forçada a fazer um pouso de emergência na Galiléia, matando a maioria a bordo. Ao longo dos anos, os pilotos israelenses superaram consistentemente as aeronaves jordanianas, com combates significativos durante a Guerra dos Seis Dias e as suas consequências. A Força Aérea Israelense também destruiu dezenas de aviões de combate jordanianos em solo durante a Guerra dos Seis Dias.
Os jatos Hunter jordanianos lançaram ataques contra Netanya e Nahalal e até conseguiram destruir um avião de transporte israelense Nord estacionado no aeroporto Sde Dov. Após o acordo de paz de 1995 com Israel, os EUA rejuvenesceram a envelhecida Força Aérea Jordaniana, que tinha lutado para substituir os seus jactos obsoletos, fornecendo dezenas de F-16 remodelados. Os jordanianos também adquiriram aeronaves usadas adicionais da Bélgica e da Holanda, operando agora 64 aviões em três esquadrões. No ano passado, eles fizeram seu primeiro pedido de 12 novos e avançados F-16 da Lockheed Martin. A Jordan também adquiriu novos helicópteros Black Hawk. Há uma década, Israel transferiu 16 aviões Cobra desativados para a Jordânia para reforçar as suas capacidades contra o ISIS. Doze helicópteros foram comissionados, sendo o restante utilizado para peças. A Força Aérea Jordaniana tem frequentemente visado posições do ISIS na Síria.
AS CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO
Desde o início do dia ainda se espera uma posição oficial do Brasil. O Presidente Lula se diz aliado de ditadores como os presidentes de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Apoia abertamente os terroristas do Hamas, que são alimentados com as armas iranianas, assim como o outro grupo terrorista Hezbolah, que se instalaram no Líbano. Considerado “Persona Non Grata” em Israel, desde que comparou a defesa de Israel contra o Hamas, em Gaza, ao Holocausto judeu na segunda guerra, Lula ainda não disse uma palavra do ataque iraniano contra Israel. Pelo menos até o final desta manhã. Mesmo assim, espera-se para amanhã que o mercado de petróleo amanheça nervoso, com uma possível subida nos preços do barril de petróleo, além do mercado interno, uma disparada do dólar.
Por aqui, já há algumas opiniões do mercado, que passou a viver a expectativa sobre o desdobramentos dos acontecimentos no Oriente Médio: O Presidente da ABEMI, Joaquim Maia (foto à esquerda) disse: “Temos que aguardar o desenvolvimento nas próximas horas para ver o porte do ataque e as respostas de Israel. Sem dúvida há um impacto nos preços do petróleo a curto prazo. O perigo é que o estreito de Hormuz pelo qual passa a totalidade do petróleo do Golfo Pérsico faz fronteira com o Irã. Se esta passagem for obstruída causará um impacto enorme no mercado mundial pois 1/3 do petróleo consumido passa por lá.”
O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque (foto à direita) cauteloso, vai esperar o mercado abrir amanhã (15) para se posicionar com maior convicção. No entanto, ele disse que espera por uma alta no preço do barril. “Na minha opinião, o mercado do petróleo continuará com tendência de alta, podendo atingir US$ 100 ainda em abril”, avaliou.
Quem também adota uma posição de cautela neste momento é o presidente da GULF Brasil, Ramiro Ferrari (foto à esquerda). O executivo, ponderando sobre os desdobramentos potenciais, afirmou que a situação “com certeza pode mudar o preço do petróleo, dependendo do tamanho do conflito e quem vai participar. Já estaria entrando Estados Unidos e Inglaterra, isso cria uma tensão muito grande na região. Tomara que pare”, declarou Ferrari, cuja preocupação ecoa entre os líderes empresariais e analistas geopolíticos, que observam com atenção os desdobramentos e seus possíveis impactos econômicos globais.
Marcelo Bonilha, presidente da EBSE (foto à direita), a maior caldeiraria pesada privada do Brasil, acredita que o conflito muito provavelmente trará impacto nos preços do petróleo, até mesmo por ser uma região sensível. “Precisamos ter cautela e esperar o mercado amanhã. É ruim uma disparada no preço do barril para todo mercado. No nosso caso diretamente, o preço do aço é mais sensível e nenhum dos dois países é um grande produtor. Mas uma escalada da guerra seria uma influência ainda mais negativa. Vamos torcer para que não ocorra isso”, declarou.
O presidente da Açotubo, Bruno Bassi (foto à esquerda), vai na mesma linha de posicionamento do presidente da EBSE. Como quase todos, ele acredita que possa haver um nervosismo no preço do petróleo após os desdobramentos no Oriente Médio, Mas no caso de sua companhia, que é a maior distribuidora de aço da América Latina, uma instabilidade no preço do aço teria consequências pesadas para o mercado. “nos atuamos no mercado de petróleo, mas nas refinarias, e no transporte, mas não nas prospecções, perfurações de poços, enfim. Vamos aguardar o posicionamento do mercado.”
O consultor Felipe Rizzo (foto à direita), experiente profissional, ligado a indústria petrolífera, avalia sobre o período de instabilidade na geopolítica: “Saímos de um mundo unipolar para multipolar. As transformações das formas de produção que estão por vir nessa década, aumentarão a concentração de renda. No século passado custou uma grande crise econômica, duas grandes guerras e um mundo dividido em duas esferas geopolíticas. Vamos ver o que esse século nos proporcionará.”
Para o professor da PUC, ex-dirigente da Petrobrás e consultor do mercado de petróleo, Armando Cavanha (foto à esquerda), se as tensões e as respostas aumentarem, os preços do petróleo poderão atingir os 100 dólares/barril ou mais. “Pode ser algo pontual, a depender do impacto e das reações de Israel e Estados Unidos. Se o Estreito de Ormuz for fechado, diretamente ou por receio de trafegar no local, os preços e a oferta podem mudar drasticamente. Ocorre que Israel provavelmente irá responder, mesmo contra a dissimulada intenção americana de evitar a escalada de tensões na região. Para os israelenses, terem sido atacados em seu território e não demonstrarem resposta pode significar estarem se acovardando, o que é inconcebível em um território constantemente ameaçado e com tecnologias tão desenvolvidas”, analisou.
Cavanha acrescenta que as consequências para o Brasil não são proporcionais, do ponto de vista de suprimento crítico, mas sem dúvida os preços não resistirão parados, para gasolina, diesel, e outros. “Mesmo a Petrobrás tendo flexibilizado o repasse de dólar e Brent na composição de seus preços internos, continua a política atenuada de equiparação internacional”, concluiu.
Tem vários países que são ditaduras como arábia saudita, Qatar, kwait, emirados. Quanta fake news, a Venezuela está sendo sancionado pro preço do petróleo não ficar muito baixo. Os EUA está cagando se é ditadura ou democracia, eles querem ganhar dinheiro. O Lula vai pro lado da diplomacia, ele não fica apontando o dedo dizendo se fulano é isso ou aquilo. Israel só existe pois os EUA banca aquilo, em nome da religião eles tem carta branca dos EUA pra matar. O mundo é diferente há vários tipos de representação seja de primeiro ministro, presidente, ditaduras…