MAGDA CHAMBRIARD ESTÁ ENFRENTANDO UM SHOW DE ESPECULAÇÕES DA MÍDIA ANTES DE ENFRENTAR OS PROBLEMAS DA PETROBRÁS

Nunca se viu na mídia brasileira tantos especialistas em assuntos da Petrobrás e da indústria do petróleo como agora. Reportagens, entrevistas e colunistas tratando do assunto como sendo profundos conhecedores. Alguns falam com tanta “propriedade” quando, na verdade, o mais perto que chegaram do petróleo foi nos postos de combustível abastecendo seus carros. Tudo que se falou até agora é pura especulação sobre o que o Presidente Lula disse ou quer da futura presidente da empresa, Magda Chambriard.  O que ela vai fazer, quem ela vai demitir, quanto ela vai cortar, onde decidirá investir, no fundo, ninguém sabe.  Tudo o que se falou até agora parecem “Certezas de Mães Dinah”. Algumas sem o menor cabimento. Cada um puxando a brasa para a sua sardinha, como diz o ditado. Chambriard ainda nem tchau deu para os jornalistas, mas há até quem diga quem ela vai tirar e o que ela falou para o presidente Lula. Ela não deve falar agora e parece certa. Qualquer coisa que diga antes de sua acreditação pela empresa e até a sua posse só vai incendiar o noticiário e sacudir o mercado. Está tomando caldo de galinha e usando a sua conhecida prudência, com o mesmo jeito quando dirigiu com sucesso e discrição a Agência Nacional do Petróleo (ANP) por dois mandatos.

A Ministra Marina Silva e o Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho

Os que defendem a exploração da Margem Equatorial querem jogá-la contra a Ministra Marina Silva. A escolha de seu nome nada tem a ver com Marina. Quem não está gostando nada da administração da ministra do meio ambiente é o seu próprio chefe, o presidente Lula. Marina, como se sabe, é uma estrela mundial elevada ao firmamento pelas ONGs internacionais, que lutam contra o desenvolvimento do país. Centenas delas explorando as nossas riquezas na Amazônia. Para se ter uma ideia desse domínio, para lembrar, a ONG Greenpeace, usou um vídeo falso, como denunciou o professor Luiz Ercílio Faria Júnior durante uma audiência pública sobre a exploração da Margem Equatorial.

Pesquisador da UFPA diz que imagens divulgadas pelo Greenpeace não são da Margem Equatorial

O Petronotícias publicou essa denuncia, até ouvindo o professor Luiz Ercílio, da Universidade do Pará, estudioso e profundo conhecedor da Foz do Amazonas. A ONG apresentou um vídeo falso sobre uma cadeia de corais que afirmavam ser na foz do Rio Amazonas. Foram desmentidos na hora pelo pesquisador. Razão principal para se criar mais uma “dúvida” para os ambientalistas do Ibama contrários a exploração da Margem Equatorial. Sentaram no projeto e passaram a exigir ainda coisas mais absurdas para a Petrobrás cumprir. “O que vão fazer com os Índios que vivem no Amapá?” questiona o Ibama. Mas, aqui pra nós: qual seria a preocupação com os índios com exploração de petróleo sendo feita a 500 quilômetros de onde estão? É como se a Petrobrás explorasse petróleo no Rio de Janeiro, mas tivessem que resolver o problema da Oca de um Morubixaba em São Paulo. Eles têm o poder de licenciar. E os interesses de Marina e de alguns técnicos do Ibama parecem ligados aos interesses dessas ONGs. E nem se preocupam que há, talvez, mais petróleo na Margem Equatorial do que no pré-sal. Querem que toda essa riqueza fique submersa, no fundo mar. Como se desejassem que o povo do Amapá, incluindo os índios, fossem condenados ao subdesenvolvimento. Mas deve estar acostumada com isso, afinal ” No meu país tem 120 milhões de pessoas passando fome.”( Marina Silva). Mais um índio ou dois aqui, um outro curumim acolá,   não fariam a menor diferença para a ministra.

As especulações, as defesas de jornalistas prós e contras a esse desenvolvimento, “instruídos” por especialistas do mercado, dizem isso ou aquilo, parecendo que entendem de tudo, mas sem mover uma palha. Falam com tanta convicção que enganam o leitor, o ouvinte e, principalmente, o telespectador. Esses devem é abrir os olhos para não serem enganados. Magda Chambriard parece bem centrada no que quer e pode assistir da poltrona de sua casa, no Rio de Janeiro, a todas as tendências, inclusive a dos petroleiros da FUP e dos engenheiros associados da Petrobrás. Está deixando a onda grande passar para assumir e impor a política que quer desenvolver. Depois disso, aí sim, estará no jogo, sujeito a acertos e erros, elogios e críticas. Para isso, é preciso ter calma e prudência. Quem viver, verá.