PLANAVE CRESCE SUA EXPECTATIVA COM O SETOR DE ÓLEO E GÁS, MIRANDO EM CONTRATOS DE ENGENHARIA NO GASLUB E NA RNEST
Uma das mais tradicionais empresas de estudos e projetos de engenharia no Brasil, a Planave está animada com os novos rumos do setor de óleo e gás. Com a expectativa de retomada dos investimentos da Petrobrás em refino, bem como a perspectiva de novas demandas para a indústria offshore nacional, a empresa de engenharia já está com novos negócios no radar. É o que afirma o presidente da Planave, Rodrigo Sigaud (foto), nosso entrevistado desta segunda-feira (10). O executivo lembra que a engenharia brasileira passou por um período de grande hiato de demandas do setor de óleo e gás, mas agora as expectativas são de retomada. “Estamos otimistas com a volta desse mercado. A direção da Petrobrás agora indicou que vai voltar a investir em refino. Realmente, existe muita coisa para ser feita no setor, uma vez que passamos um longo período sem grandes investimentos nesse segmento”, afirmou. A Planave já apresentou propostas para as licitantes que participam da licitação para expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca (PE). A companhia também pretende fechar acordos com as participantes da concorrência para as obras do Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ). “Temos também a perspectiva de eventualmente voltar a trabalhar na área de offshore”, acrescentou. Por fim, o executivo detalhou ainda os investimentos da empresa em engenharia digital e menciona ainda as perspectivas em relação a outros setores da economia.
Para começar nossa entrevista, seria importante apresentar ao nossos leitores um histórico da atuação da empresa em óleo e gás.
A Planave é uma empresa de consultoria em engenharia que está completando 55 anos de atuação ininterrupta, sempre trabalhando com estudos, projetos, gerenciamento e fiscalização de obras em vários setores, notadamente na área de óleo e gás. Tivemos uma atuação muito relevante no segmento petrolífero em um período relativamente recente. Mas, como é de conhecimento do mercado, o Brasil passou por um período com poucos trabalhos nesse setor, devido à decisão de gestões da Petrobrás de não investir em refino e também por conta da redução do conteúdo local na parte de offshore, com todas as plataformas sendo feitas no exterior.
No passado, atuamos muito em vários projetos básicos e executivos, tais como Rnest, Comperj (atual Gaslub), Repar, Refinarias Premium 1 e 2, e uma série de outros projetos. Também na área de offshore, fizemos vários projetos de plataformas, especialmente o projeto básico dos FPSOs replicantes.
A visão estratégica da Petrobrás mudou recentemente e a empresa pretende voltar a investir em refino. Além disso, há uma promessa de criar mais condições para negócios com a cadeia nacional. Como estão as suas expectativas em relação a essa mudança de postura?
O mercado de óleo e gás viveu um hiato de novos contratos. Mas, no momento, vemos com bons olhos esse setor. Estamos otimistas com a volta desse mercado. A direção da Petrobrás agora indicou que vai voltar a investir em refino. Realmente, existe muita coisa para ser feita no setor, uma vez que passamos um longo período sem grandes investimentos nesse segmento. Temos também a perspectiva de eventualmente voltar a trabalhar na área de offshore.
Como a empresa tem investido em tecnologias para aprimorar o desenvolvimento de projetos?
A Planave tem investido muito nos processos relacionados à Engenharia Digital e tem desenvolvido vários projetos em BIM, intensificando o uso dos recursos de inteligência artificial. Boa parte de nossas disciplinas e projetos são desenvolvidos em BIM, mesmo que não seja uma solicitação do cliente, porque os benefícios são grandes em relação ao desenvolvimento de projetos em 2D.
A participação da Planave no mercado, em função da maturidade de sua engenharia digital, tem sido reconhecida. A responsável por esses processos tem sido convidada a participar de vários congressos relacionados ao tema, sendo inclusive uma das palestrantes do BIM Fórum Conference 2024, um congresso internacional que recebeu as mentes mais influentes do cenário da engenharia digital mundial e é o mais importante do Brasil.
Hoje, podemos dizer que temos uma atuação relevante no mercado nesse sentido. Estamos bem posicionados em relação ao BIM. A utilização dessa ferramenta é mandatória atualmente. A nova Lei de Licitações já oferece incentivos ao uso do BIM, que realmente é uma ferramenta de gestão do projeto da obra. É uma ferramenta que significa um grande avanço no sentido de produtividade e qualidade dos projetos.
A nova Lei de Licitações é muito mais moderna e privilegia um pouco mais a engenharia brasileira. Isso é um motivo de alento também para as empresas do setor. Imaginamos que, uma vez que essa lei seja efetivamente implementada, será uma notícia alvissareira para nossas empresas de engenharia e pode representar um futuro melhor para nossas empresas de engenharia.
Como está a prospecção de novos negócios em óleo e gás?
Estamos bastante otimistas em relação ao futuro próximo na área de óleo e gás. Existem grandes projetos estruturantes sendo licitados. Já apresentamos propostas para as licitantes da concorrência para a Rnest. E também vamos apresentar propostas para as empresas que estão participando da concorrência para o Gaslub. Esses são os projetos mais relevantes no downstream no mercado.
Também estamos prospectando possibilidades na parte de offshore, na parcela de projetos que puderem ser realizados no Brasil. Na medida em que parte dessas obras seja feita aqui país, há uma grande chance de que o projeto seja desenvolvido aqui também. Isso é muito relevante para o mercado nacional, pois é a partir da especificação do projeto de engenharia que as outras indústrias de equipamentos conseguem se inserir melhor nos fornecimentos.
E quanto a outros segmentos da economia? Como estão as expectativas?
A Planave também tem uma atuação significativa em outros setores, o que nos permitiu passar por esse período de hiato na área de óleo e gás. Nossa empresa trabalha bastante com infraestrutura, transportes e área portuária. Tivemos e ainda temos vários contratos nesses segmentos. Trabalhamos para empresas como Rumo, Vale e MRS, bem como em projetos portuários com interseção com óleo e gás. Nossa empresa desenvolveu projetos de terminais de GNL nas regiões Sul e Norte. Esses empreendimentos foram e continuam sendo importantes, pois nos permitiram continuar realizando projetos de engenharia nesse período de hiato na área de óleo e gás.
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Vai firme Planave. Fizemos o conceitual do Porto Solimões, e foi o que há até a presente
Muitos projetos e pouca ação…