EM REUNIÃO COM RAFAEL GROSSI, MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA DIZ QUE FOMENTA PARCERIAS NA CADEIA DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu hoje (20) o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi. Durante o encontro, eles discutiram os desafios e as perspectivas do setor nuclear no Brasil e no mundo, destacando as potencialidades do Brasil na cadeia global do urânio e na indústria nuclear. Silveira disse ainda que a pasta está buscando parcerias em toda a cadeia do combustível nuclear.
“Foi uma reunião muito produtiva, pois pudemos aprofundar sobre o posicionamento estratégico do Brasil no setor nuclear, incluindo o mercado internacional do urânio e os investimentos em usinas nucleares. O MME está trabalhando para fomentar parcerias em toda a cadeia do combustível nuclear, especialmente porque o Brasil é um dos países que reúne o potencial de mineração do urânio com a capacidade de produção do combustível nuclear. O fortalecimento do complexo nuclear brasileiro traz desenvolvimento social e econômico para brasileiras e brasileiros”, disse o ministro.
Além disso, Grossi convidou Silveira para participar de uma reunião em Viena, sede da Agência, ainda este ano. O encontro tem como objetivo discutir com os principais países do mundo as oportunidades de investimentos e a inserção do Brasil na cadeia de combustíveis para geração nuclear. Além disso, serão compartilhados mais detalhes sobre os avanços no desenvolvimento de pequenos reatores modulares. A Embaixadora Claudia Vieira Santos, chefe da representação do Brasil junto à Agência, também participou da reunião.
CRÍTICAS AO PROJETO DE LEI DAS EÓLICAS OFFSHORE
Em outra agenda, o ministro participou ontem (19) de reunião da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados para apresentar as ações mais recentes da pasta, além de ter respondido dúvidas dos parlamentares. Um dos temas debatidos na reunião foi o Projeto de Lei das Eólicas Offshore, que sofreu alterações na Câmara e voltou para o Senado. Silveira criticou o texto e falou em “desastre tarifário”.
“A proposta veio do Senado para a Câmara dos Deputados com o objetivo de regulamentar a produção de energia offshore no Brasil. Mas acabou voltando para o Senado com R$ 25 bilhões de custos a mais para o consumidor brasileiro. Se o projeto for aprovado do jeito que saiu dessa casa, aí sim nós vamos ampliar a CDE de R$ 38 bilhões para R$ 53 bilhões, prejudicando em especial a população mais pobre”, destacou o ministro.
Silveira falou também sobre a polêmica Medida Provisória 1.232/2024, que trata da flexibilização para viabilizar a troca de controle da Amazonas Energia. Para o ministro, a MP não vai aumentar a conta de energia do consumidor regulado. “Ao contrário, distribui o custo das térmicas de forma mais justa ao consumidor brasileiro. Ela tira da Conta de Consumo de Combustíveis, que custa R$ 12 bilhões na CDE”, defendeu o líder da pasta.
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