AS USINAS SOLARES DO BRASIL ATINGIRAM A MARCA DE 14 GW DE POTENCIA OPERACIONAL E JÁ É MAIOR DO QUE GERA A USINA DE ITAIPU
As usinas solares de maior porte no Brasil atingiram a marca de 14 GW de potência operacional, equivalente à capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo, conforme divulgado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Todas as unidades da federação agora possuem usinas solares de grande porte. O Nordeste lidera com 59,8% da potência instalada, seguido pelo Sudeste com 39,1%, o Sul com 0,5%, e tanto o Norte quanto o Centro-Oeste com 0,3% cada. A Absolar destaca que, apesar da dependência da luz solar, é viável aumentar a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. A expansão pode garantir a confiabilidade, segurança e estabilidade do sistema elétrico, mantendo o equilíbrio técnico e econômico dos contratos de todos os produtores de energia.
O relatório recentemente publicado “Global Market Outlook For Solar Power 2024 – 2028“, produzido pela SolarPower Europe, coloca o Brasil na posição de terceiro maior mercado de energia solar do mundo no ano passado, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. De acordo com a Absolar, em 2023, o Brasil aumentou sua capacidade de geração de energia solar fotovoltaica em 15,4 gigawatts (GW) de potência pico, o que corresponde a aproximadamente 4% do mercado global nesse período. Mensalmente, o Brasil adicionou em média quase 1GW em capacidade de geração solar por mês, após terminar 2023 com 37,8GW, e chegar a 43,3GW em Maio. Destes, 14GW são na chamada geração centralizada, aquela voltada para o mercado livre e em geral constituída por grandes projetos. Esta modalidade é a que mais cresce em 2024, com quase 26% de adição de capacidade até Maio (contra menos de 12% da geração distribuída, de projetos menores, incluindo os em telhados residenciais).
Marciliano Freitas, CEO da Desperta Energia, um especialista no assunto, diz que as Grandes usinas de geração solar atingem 14GW e igualam capacidade de Itaipu e o crescimento da capacidade desta modalidade de geração, assim como da geração solar como um todo, não deve parar tão cedo. “O crescimento da geração centralizada vem na esteira da contínua abertura do mercado de energia, que permitiu a todos os consumidores de energia conectados em alta tensão a livre negociação de seu consumo. A partir de 2024, cerca de metade do consumo total de energia do Brasil passou a poder ser negociado livremente, entre os consumidores e qualquer provedor de energia. Até o final de 2023, apenas consumidores com consumo maior que 500Kw mensais poderiam aderir ao mercado livre, e a liberação total dos consumidores em alta tensão significou adição de mais de 10% do mercado total de energia ao mercado livre de energia em 2024, explicando a alta dos projetos de geração solar centralizada”, afirmou.
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