SINDICATO DENUNCIA QUE REFINARIA DO AMAZONAS ESTÁ PARALISADA E SERVINDO APENAS COMO TERMINAL PARA IMPORTAÇÃO DE DERIVADOS
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM) afirma que a Refinaria da Amazônia (Ream), a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), está com sua produção paralisada. Além disso, a planta estaria operando apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados, ainda de acordo com o Sindipetro-AM.
Para lembrar, a Ream é controlada pelo grupo Atem, após ter sido comprada da Petrobrás em dezembro de 2022 por US$ 257,2 milhões. O Sindipetro-AM diz que a alegação da Atem é que a refinaria estaria passando por uma parada de manutenção intensiva e, por isso, teria sido necessário paralisar temporariamente as atividades de refino. Contudo, a liderança da entidade sindical contesta a informação.
“A explicação da empresa não coincide com os fatos. Muito estranho, pois não se vê ritmo e movimentação de parada de manutenção, processo que exige contratação de empregados para acompanhar e fazer o serviço. O que estamos vendo é a demissão de trabalhadores, mais de 40 deles foram desligados nos últimos dias”, destaca o coordenador-geral do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro (foto). Segundo ele, “a refinaria não está produzindo nada e se transformou, na prática, em terminal logístico”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindipetro-AM sugerem que a Petrobrás intervenha na Ream e constate se o grupo Atem quer se desfazer do ativo ou realizar parceria com a estatal.
A RESPOSTA DA ATEM
Após a publicação desta reportagem, a Ream nos enviou um comunicado com o seu posicionamento. A empresa confirma que está fazendo uma manutenção na refinaria e descartou a possibilidade de negociar o ativo. Veja a seguir o texto na íntegra:
“A Refinaria da Amazônia (REAM) informa que está com o programa de manutenção intensiva em andamento em toda a unidade (parque de refino, tanques, dutos e píeres), com importantes investimentos em melhorias e eficiência operacional na infraestrutura de transferência, estocagem e utilidades.
Reforça que, desde o início do programa, está atendendo as demandas dos clientes sem interrupções e sem impactos ao abastecimento do mercado.
Reforça ainda que adiantou algumas fases do cronograma geral de manutenção, em razão da maior severidade do período de seca previsto para os próximos meses deste ano, quando comparado ao do ano anterior, e para garantia do abastecimento da região.
Informa ainda que não há intenção de se desfazer do ativo e que não há nenhuma negociação em curso.“
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