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TRABALHADORES DA ELETRONUCLEAR INICIAM GREVE APÓS IMPASSE NAS NEGOCIAÇÕES DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO

angra

Atualização (02/08 – 18h): A greve foi suspensa por determinação do Tribunal Regional do Trabalho: LEIA MAIS. A reportagem abaixo foi publicada às 12h desta sexta-feira: 

Os funcionários da Eletronuclear loteados em Angra dos Reis (RJ) iniciaram uma greve por tempo indeterminado após o insucesso nas negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho com a direção da empresa. Os trabalhadores da estatal na sede do Rio de Janeiro também cruzarão os braços a partir de segunda-feira (5). Essa é a primeira paralisação do tipo no setor nuclear brasileiro em muitos anos.

O último Acordo Coletivo de Trabalho da empresa venceu na última quarta-feira (31). O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Parati e Angra dos Reis (Stiepar) afirma que, desde o final de 2023, vem trabalhando na construção de um acordo que considera “plenamente viável”. A proposta foi entregue no final de março de 2024 para a direção da Eletronuclear.

Saímos da Eletrobrás em 2022 sendo a menor média salarial do grupo e tendo a maior especificidade por sermos geradoras de energia pela fonte nuclear”, diz o Stiepar em uma carta publicada em seu site. “O trabalhador não quer nada além da manutenção dos seus benefícios ao longo da história, e não aceita ser ‘massacrado’ com narrativas falsas”, completou.

Em nota, a Eletronuclear afirmou que a paralisação não afeta a operação nem a segurança das usinas da central nuclear de Angra, visto que as atividades essenciais estão mantidas. A empresa disse ainda que manteve, durante todas as rodadas de negociações, o diálogo aberto para alcançar o fechamento do próximo acordo. A estatal acrescentou que cumpre rigorosamente a legislação trabalhista e todos os acordos coletivos vigentes, fornecendo a todos os seus empregados vários benefícios. 

Nenhum destes benefícios estava sendo revisitado ou retirado na proposta de acordo coletivo que foi rejeitada pelos sindicatos. A proposta de acordo coletivo deste ano, inclusive, previa a reposição integral da inflação nos salários pelo IPCA durante os próximos dois anos (2024-2026), mantendo-se este mesmo índice para todos os demais benefícios. Agora, com o término do prazo do acordo coletivo anterior (31/07/2024) e sem a garantia da data-base, aplica-se, a partir de hoje, as regras da CLT enquanto os próximos passos são decididos, inclusive pelo Poder Judiciário”, finalizou a Eletronuclear.

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