COM CHUVAS ABAIXO DA MÉDIA NO PAÍS, ONS SUGERE ACIONAMENTO DE TÉRMICAS EM HORÁRIOS DE PICO DE DEMANDA POR ENERGIA
A seca na região Norte do Brasil já imprime seus impactos no país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) fez uma série de sugestões preventivas ao governo para minimizar os impactos da estiagem nos reservatórios de hidrelétricas. As propostas, que foram apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, inclui o acionamento de termelétricas movidas a GNL, bem como a minimização do despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte.
O ONS ressalta que todas essas medidas são preventivas e tomadas justamente para atender a demanda da sociedade. O órgão foi enfático ao dizer que não há risco de desabastecimento de energia. Contudo, o ONS vem reportando já há alguns meses que a afluência, ou seja, o volume de água que chega ao reservatório de uma usina hidrelétrica e que pode ser transformado em energia, está abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que é a média verificada para um histórico de 94 anos de medições.
Além disso, o ONS também aponta que há uma menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental. O órgão alega que nos períodos do dia de maior consumo de carga, que acontece à noite, especialmente, para os meses de outubro e novembro, o cenário exige a adoção de medidas operativas adicionais e de caráter preventivo.
Segundo dados apresentados pela Confederação Nacional de Municípios, de janeiro a julho de 2024, a seca na Região Norte causou mais de R$ 1,1 bilhão em prejuízos. A maior parte deste valor – 85% – refere-se ao setor agrícola, já impactado em mais de R$ 933 milhões.
Veja abaixo todas as sugestões propostas pelo ONS:
– Minimizar o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte, para preservação dos recursos hídricos da região, já com vistas ao atendimento à ponta de carga nos meses de outubro e novembro;
– A maximização da disponibilidade de potência ao final do período seco, o que considera o adiamento de manutenções, quando possível, e a antecipação do retorno de ativos indisponíveis;
– Acionamento de usinas termoelétricas a GNL com despacho antecipado, como a antecipação para despacho da UTE Termopernambuco, já a partir de outubro de 2024.
– A ampliação do uso de ferramentas como os Mecanismos de resposta da demanda.
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