MAGDA DIZ QUE DECRETOS DO GOVERNO PARA GÁS NATURAL NÃO ATRAPALHAM A PETROBRÁS, MAS VÊ DESAFIOS PARA REDUZIR REINJEÇÃO | Petronotícias




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MAGDA DIZ QUE DECRETOS DO GOVERNO PARA GÁS NATURAL NÃO ATRAPALHAM A PETROBRÁS, MAS VÊ DESAFIOS PARA REDUZIR REINJEÇÃO

Posse_Presidente_Magda_Discurso (1)_Credito_Rafa PereiraA Petrobrás não vê problemas com medidas apresentadas pelo governo nesta semana que visam aumentar a concorrência no fornecimento de gás natural no Brasil. Essa é a avaliação da presidente da petroleira, Magda Chambriard, que participou hoje (28) do evento “Diálogo G20 – Transições Energéticas”, em Brasília. Como noticiamos, uma das ações anunciadas pelo Planalto prevê uma maior presença da estatal PPSA na comercialização do gás – a empresa agora poderá vender os volumes de gás natural da União, já processados, diretamente aos seus clientes.

Isso não nos atrapalha. O que estamos fazendo é um grande esforço na direção do gás natural. Vamos inaugurar a Rota 3 no final de setembro e colocar mais gás no mercado brasileiro. Estamos olhando fertilizantes e petroquímicas como grandes espaços para ampliar o fornecimento do nosso gás”, declarou a presidente da Petrobrás. “O mercado brasileiro é enorme, ávido por combustível. Isso aí é trabalhar pelo crescimento do Brasil”, acrescentou.

Ela também diz não ver problemas no decreto assinado pelo governo que cria o Comitê de Monitoramento do Setor de Gás Natural, que trabalhará nos mesmos moldes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). “Quem trabalha bem não precisa de monitoramento, então eu não tenho problema nenhum com monitoramento, eu acho que isso nos dá transparência e é bom que a sociedade veja o quão bom é o trabalho da Petrobras”, afirmou.

FPSO Maria Quiteria (7)A presidente da Petrobrás, no entanto, vê como “delicada” a ideia de reduzir a reinjeção de gás natural em poços. A diminuição dessa prática é um dos desejos do governo federal e anseio de vários segmentos industriais. Contudo, Magda explicou que, por razões técnicas, algumas plataformas da Petrobrás não poderão fazer a conversão da reinjeção do gás para o transporte do insumo ao continente.

É uma questão delicada, algumas das plataformas foram desenhadas no governo passado sem possibilidade de exportação de gás para a costa. Estamos revendo isso, é um assunto delicado porque evita a possibilidade de comercialização de uma grande quantidade de recursos, e essa é mais uma correção de rumo que estamos fazendo na Petrobrás”, explicou.

A presidente da petroleira também elogiou a redação dada pelo decreto do Gás para Empregar, que prevê que a redução de reinjeção só pode acontecer quando houver viabilidade técnica e econômica. A executiva acrescentou que a entrada em operação do gasoduto Rota 3 ajudará também a reduzir a reinjeção, já que o projeto permitirá trazer  18 milhões de m³ de gás por dia do pré-sal para a costa brasileira.

SILVEIRA: GOVERNO NÃO TEM “EMPRESA DE ESTIMAÇÃO”

53953173242_e7e287ef92_cO ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também participou do evento, também falou sobre a repercussão do decreto do Gás para Empregar. Segundo ele, é preciso aumentar a oferta de gás, independente de onde venha o insumo. “Nosso governo não tem empresa de estimação. Nós gostamos de todas e queremos que todas saibam do seu papel social. E um dos papéis sociais das petroleiras no Brasil é aumentar a oferta de gás”, declarou.

Ele disse ainda que essa é a primeira vez, nos últimos 30 anos, em que há uma política vigorosa para poder atender à oferta de gás nas suas várias matrizes. O ministro defendeu, inclusive, a exploração de recursos não convencionais. “Eu defendo, todos sabem, que a gente deve explorar e estudar o nosso gás não convencional onshore. Nós temos que ultrapassar as barreiras do extremismo. Nós temos que alavancar a nossa indústria para construir um país mais justo”, declarou.

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