PETROBRÁS INAUGURA O COMPLEXO BOAVENTURA, ANTIGO COMPERJ, QUE TERÁ OBRAS DE NOVA PLANTA DE REFINO A PARTIR DE 2025
Quase duas décadas após o lançamento da pedra fundamental do então Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobrás realizou na manhã de hoje (13), em Itaboraí (RJ) a cerimônia de inauguração do empreendimento, agora rebatizado para Complexo de Energias Boaventura. O evento desta sexta-feira marca o início simbólico da operação de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), a maior do país, com capacidade de 21 milhões de m³ por dia. Neste momento, estão sendo realizadas as etapas finais de preparo da unidade, com a calibração de processos e equipamentos. Nessa fase, o gás ainda não é disponibilizado para o mercado. O início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro.
A presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, disse durante a cerimônia que o empreendimento possibilitará trazer mais gás natural do pré-sal para o continente. Além da UPGN, a Petrobrás colocou em operação o gasoduto Rota 3, que poderá transportar 18 milhões de m³ por dia de gás natural do pré-sal para a costa. A UPGN do Complexo de Energias Boaventura possuirá dois trens, cada um com capacidade de 10,5 milhões de metros cúbicos por dia. O empreendimento terá capacidade para processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural provenientes do polo pré-sal da Bacia de Santos.
Para o futuro, a presidente da companhia fez uma projeção sobre as próximas obras que serão realizadas no complexo, já a partir de 2025, com um investimento de R$ 13 bilhões na construção de unidades para produção de lubrificantes, diesel e querosene de aviação.
“Estamos investindo R$ 13 bilhões no Complexo de Energia Boaventura para aumentar a produção de derivados. Com esse projeto, vamos expandir a produção em 120 mil barris por dia, o que nos permitirá reduzir a importação de diesel, GLP e querosene de aviação. Todos esses combustíveis terão baixíssimo teor de enxofre e serão de última geração. As obras estão previstas para começar em 2025”, detalhou Magda. A estimativa é que sejam gerados até 10 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de execução das obras, além de 3 mil postos de trabalho permanentes.
Como já noticiamos, a Petrobrás lançou em maio uma licitação pública para contratação das empresas que vão realizar as obras de construção e de conclusão de unidades operacionais no polo. O conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixíssimo teor de enxofre. A Petrobrás planeja ainda instalar uma nova usina térmica no Complexo Boaventura, com capacidade para gerar 400 MW. O nome do empreendimento é uma referência ao Convento São Boaventura, localizado dentro da unidade e considerado uma das primeiras construções da região conhecida hoje como o município de Itaboraí. Inclusive, as ruínas do convento foram conservadas pela companhia.
Ainda durante a cerimônia de inauguração, o presidente Lula atacou a Lava Jato, da qual foi alvo, afirmando que a operação tinha como objetivo desmoralizar a Petrobrás aos olhos da sociedade para possibilitar a venda da empresa e suas subsidiárias a valores mais baratos. Ele também disparou contra as privatizações da BR Distribuidora (hoje Vibra Energia), da Vale e da Eletrobrás. Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teceu críticas contra a paralisação das obras do Complexo Boaventura, cuja construção foi suspensa em 2015 em meio ao furação da Lava Jato. Segundo Silveira, a obra poderia ter sido finalizada e entregue em 2018. Assim, ainda de acordo com o ministro, o prejuízo dessa postergação foi de R$ 7 bilhões com a arrecadação de diesel que poderia estar sendo produzido nos últimos seis anos.
PETROBRAS NÃO RESPEITA OS IDOSOS: A PETROBRAS foi responsável por administrar a PETROS por décadas desde sua criação, na década de 70, fundação essa que figura como patrocinadora. A Petrobras desde então não cumpriu com sua obrigação e dever fiduciário de resguardar o patrimônio de terceiros, pertencentes a seus aposentados e pensionistas, resultando no déficit de mais de 40 bilhões no fundo de pensão Petros PPSP. A estatal petroleira ainda reluta em reconhecer e pagar essa dívida bilionária, que se arrasta por décadas na justiça, por conta de atuações recursais procastinatorias para não pagar essa conta bilionaria a fundação. Esse… Read more »