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EMPRESAS E INSTITUIÇÕES LIGADAS AO SETOR ATÔMICO NA REUNIÃO DOS BRICS CRIAM UMA PLATAFORMA NUCLEAR ENTRE ELES

1000311024Os chefes das maiores empresas e organizações especializadas dos países membros do BRICS +, incluindo Rússia, China, África do Sul, Brasil, Irã, Etiópia e Bolívia, participaram da primeira reunião para estabelecer a Plataforma de Energia Atômica. Durante o encontro, que ocorreu no Museu de Moscou “Atom”, os participantes discutiram a iniciativa e delinearam outros planos. O principal objetivo da plataforma é o desenvolvimento e a implementação de melhores práticas e abordagens avançadas em relação às aplicações energéticas e não energéticas de tecnologias nucleares para fins pacíficos nos mercados do BRICS e do BRICS + ( Irã, Etiópia e Bolívia). A plataforma também prevê o desenvolvimento de mecanismos de incentivo e modelos para a implementação de projetos da indústria nuclear em países membros. Até 2050, de acordo com previsões de especialistas russos, os países do BRICS fornecerão pelo menos metade da produção e do consumo de energia do mundo, enquanto a energia nuclear desempenhará um papel importante no atendimento à crescente demanda por ela.

O Diretor Geral da Rosatom, Alexey Likhachev, como anfitrião, disse que  “Quase todos os estados da associação estão implementando projetos no campo da energia nuclear. Muitos membros do BRICS hoje são impulsionadores tecnológicos do mercado nuclear internacional. A experiência geral pode e deve ser usada e replicada em todo o espaço do BRICS e no planeta como um todo. Portanto, propomos combinar esforços dentro da estrutura da plataforma nuclear do BRICS, uma aliança voluntária de empresas, comunidades nucleares profissionais e ONGs que apoiam o desenvolvimento e a implementação de tecnologias nucleares.”

Orpet Peixoto, vice-presidente do Conselho de Supervisão da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Indústria Nuclear (ABDAN – Associação BrasileiraATM-19145 para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares), observou: “Estou muito feliz que o processo de organização da Plataforma tenha começado. Tenho certeza de que a cooperação dos países do BRICS e do BRICS + por meio da nova associação será frutífera. O Brasil tem um balanço energético muito diversificado, e a energia nuclear é parte integrante dele. Somos um dos poucos países com todos os elementos do ciclo do combustível nuclear. Mas precisamos de apoio, precisamos de financiamento e sabemos que podemos obtê-los na estrutura de cooperação com os países do BRICS. A nova plataforma abre grandes oportunidades para nós aqui.”

Para lembrar, o grupo BRICS, quando foi formado em 2009, era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Outros países se juntaram desde então, incluindo Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita foi convidada, mas ainda não decidiu, enquanto mais de 20 outros países expressaram interesse em se tornarem membros. Uma delegação da Organização de Energia ATM-19142Atômica do Irã (AEOI), liderada por Hossein Derakhshandeh, vice-chefe da AEOI e CEO da Nuclear Energy Production & Development Holding Company, participou da reunião. “A criação desta plataforma nuclear do BRICS é vista como um passo fundamental para aumentar a cooperação em tecnologia nuclear.

Em uma coletiva de imprensa após a reunião, Likhachev explicou que a nova plataforma não representaria países. “Países, definitivamente não, mas empresas, usinas, instituições de pesquisa,  sim, todos relacionados a tecnologias, ciência, indústria nuclear, aqueles capazes de contribuir para o desenvolvimento do setor de energia nuclear.” Ele acrescentou que o trabalho para desenvolver as formalidades legais para a plataforma já havia começado. A decisão de apoiar a iniciativa da Rosatom de estabelecer tal plataforma foi unânime, observou ele. “Não é exagero dizer que foi a opinião unânime de todos os participantes da reunião, todos os participantes da nossa sessão,  criar a plataforma nuclear do BRICS e começar a formular sua estrutura legal o mais rápido possível. E já começou.”

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A utilização da energia nuclear para fins pacíficos pressupõe que os benefícios, que podem ser muitos, excedam absolutamente os riscos, que existem e também podem ser agudos. Como base dos benefícios a qualidade e a segurança da indústria nuclear também devem ser perseguidas como prioridade total. E na base desta qualidade e segurança olímpicas se posicionam valores, princípios e visões superiores. Ao aliar os BRICS com os átomos no Brasil, nossa sociedade precisa analisar estes fundamentos, visões, princípios, valores, qualidade e segurança, para que ao transformarmos nossa massa em energia numa reação nuclear, este processo se submeta e alinhe à… Read more »