ALUBAR DECIDIU TRANSFERIR TODAS AS SUAS OPERAÇÕES NO PARÁ PARA SEREM MOVIDAS A GÁS NATURAL A PARTIR DE 2025
A Alubar, multinacional brasileira que é a maior fabricante de cabos elétricos de alumínio na América Latina e a maior produtora de vergalhões de alumínio do continente americano, começou a implantar um sistema para recebimento de gás natural (GN) em suas operações na cidade de Barcarena, no Pará. A unidade é a maior e mais antiga fábrica do Grupo. O projeto garante mais segurança energética para a empresa, que já utilizava gás liquefeito de petróleo (GLP) nos fornos de fabricação de metais e nas empilhadeiras, que fazem o transporte e logística interna da planta. Agora, os mecanismos serão híbridos e utilizarão preferencialmente o gás natural, mas ainda poderão usar o combustível anterior caso necessário. A Alubar foi a primeira empresa a assinar o contrato de fornecimento de GN no polo industrial de Barcarena, a partir da instalação do sistema de distribuição operado pela Companhia de Gás do Pará.
Tanto o GLP quanto o GN são combustíveis considerados de transição energética. Apesar de ambos serem de origem fóssil, a queima desses gases é bem menos poluente que outras alternativas à base de petróleo, como óleo diesel e a gasolina, por exemplo. De acordo com estudo recente publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o gás natural pode ser a segunda maior fonte da matriz energética global no cenário NetZero 2050. O levantamento aponta o GN como fundamental para atuar de forma integrada com fontes renováveis intermitentes, como eólica e solar, impulsionar novas tecnologias como o hidrogênio de baixo carbono e o biometano, além de reduzir a emissão de CO2. O gás natural, no entanto, fica um passo à frente do GLP quando o assunto é emissão de dióxido de carbono (CO2). De acordo com a Energy Information Administration (EIA), agência federal responsável por coletar, analisar e disseminar informações sobre energia nos Estados Unidos, o gás natural emite, em média, cerca de 17% menos CO2 por unidade de energia gerada (BTU – British Thermal Unit), quando comparado com o GLP. O CEO da Alubar, Maurício Gouvea dos Santos, disse que “Com o projeto de gás natural no Pará vamos nos tornar mais competitivos no mercado de cabos elétricos de alumínio. Teremos uma redução de custo, segurança energética, melhoraremos nossa eficiência operacional e ainda vamos contribuir com a redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.” O fornecimento de GN para a Alubar começará em agosto de 2025. O projeto agora segue para as fases de licenciamento e regulamentação, aquisição de equipamentos, obras civis, montagem da linha de gás, adaptações e testes de combustão.
Valmir Carneiro(foto a esquerda), supervisor de projetos da Alubar Metais e Cabos, destaca alguns dos benefícios da adoção do novo combustível. “O gás natural possui alta produtividade e seu transporte é facilitado pelos gasodutos, tornando a operação ágil e dinâmica.“Em operação desde janeiro deste ano, o Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN) já movimentou mais de 90 milhões de metros cúbicos de gás natural, atendendo inicialmente ao setor industrial. O SDGN tem capacidade para atender diversas indústrias de forma simultânea. A Companhia de Gás do Pará detém a exclusividade na distribuição e movimentação de gás natural no território estadual. O gás chega ao estado em navios, na forma liquefeita, e é conduzido por gasodutos até a estação de recebimento da Companhia. A migração para essa nova matriz energética no Estado está em consonância com a preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025.
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