FRENTE PARLAMENTAR NUCLEAR LANÇOU AGENDA LEGISLATIVA DE 2025, DE OLHO EM DECISÃO SOBRE ANGRA 3 NA PRÓXIMA QUARTA
Uma manhã de intensas movimentações em Brasília em torno do setor nuclear. A tão aguardada reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deverá acontecer na próxima quarta-feira (10). Aproveitando esse gancho, a Frente Parlamentar Nuclear, presidida pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ), lançou hoje a sua Agenda Legislativa para 2025. O evento contou com a presença de autoridades do segmento e lideranças empresariais e foi uma oportunidade para debates sobre as pautas prioritárias para o desenvolvimento da indústria nuclear brasileiro no próximo ano.
A construção da agenda teve o apoio da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). “Quero agradecer todo o apoio da ABDAN, sem o qual a frente parlamentar não poderia ter funcionado durante esse ano de 2024. A agenda que estamos construindo para o ano de 2025 é ainda mais promissora e pujante”, disse o deputado Julio Lopes.
Já o presidente da ABDAN, Celso Cunha, destacou que o evento de lançamento foi muito produtivo e mostrou otimismo com o resultado da próxima reunião do CNPE. “Foi uma oportunidade de trazer uma proposta [de agenda], que agora será analisada pela frente parlamentar. O objetivo é mostrar a energia nuclear como uma alternativa limpa e segura para o nosso sistema elétrico”, afirmou. “Estamos na expectativa de que Angra 3 saia vitoriosa na reunião do dia 10 no CNPE”, concluiu.
Durante evento no Rio de Janeiro, no mês passado, o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Vitor Saback, sinalizou que a pasta vai apoiar a conclusão das obras de Angra 3. “Sabemos que, para garantir a segurança energética, é essencial continuar a diversificar nossas fontes e buscar soluções tecnológicas adequadas às realidades locais. E a energia nuclear, sem dúvida, é uma dessas soluções. O Ministério de Minas e Energia, sob a liderança do ministro Alexandre Silveira, está à frente desse processo, incluindo a retomada das obras de Angra 3“, disse Saback na época.
O próprio ministro Silveira também já deu declarações recentes indicando o apoio à energia nuclear. Nesta semana, o líder da pasta participou de um evento com a diretoria da estatal russa Rosatom, com o objetivo de costurar um acordo final para a cooperação na área nuclear.
Deixe seu comentário