NUCLEP ALCANÇA FATURAMENTO RECORDE EM 2024 E PREVÊ NOVOS CONTRATOS EM ÓLEO & GÁS E NUCLEAR EM 2025
A série especial Perspectivas 2025 começa o noticiário desta terça-feira (10) trazendo um balanço de uma das principais e mais estratégicas empresas estatais do Brasil. A Nuclep carrega em suas mãos a responsabilidade e o saber técnico para atuar em empreendimentos cruciais do país, passando por setores como óleo e gás, energia, nuclear e defesa. O presidente da companhia, Carlos Seixas, relata que 2024 foi um ano histórico para a Nuclep, que alcançou um faturamento recorde. A empresa, como se sabe, atua na construção do protótipo do submarino nuclear brasileiro, chamado LABGENE, e construiu os cascos para os novos submarinos convencionais da Marinha. Em paralelo, a estatal avança em sua atuação no segmento petrolífero. “No próximo ano, planejamos uma atuação forte no setor de óleo e gás, especialmente com as grandes encomendas que esperamos da Petrobras”, projetou. Além disso, a Nuclep aguarda com expectativa a definição sobre a retomada das obras de Angra 3. “Acredito que 2025 será muito promissor. Vamos priorizar o setor nuclear, que, junto com o segmento de óleo e gás, será um dos pilares da nossa atuação. A Nuclep estará preparada para aproveitar essas oportunidades, o que nos permitirá aumentar o faturamento e gerar empregos na região”, acrescentou Seixas.
Como foi o ano de 2024 para sua empresa e seu segmento de atuação?
O ano de 2024 foi muito bom para a Nuclep. Continuamos trabalhando nos nossos quatro principais segmentos: defesa, nuclear, óleo & gás, e energia. Seguimos com contratos vigentes e mantendo uma progressão em curva ascendente. Não tivemos grandes saltos, mas conseguimos um aumento contínuo de faturamento. No ano de 2024, a Nuclep terá o maior faturamento da sua história. Ainda estamos longe do ideal, mas alcançamos resultados muito superiores aos do passado. Portanto, foi um ano muito positivo para nós. No segmentos de óleo e gás e energia tivemos um bom desempenho. Já o setor nuclear ainda está enfrentando alguns desafios, mas estou muito otimista para 2025.
Se fosse consultado, quais seriam suas sugestões para melhorar o ambiente de negócios no seu setor?
Para ampliar nossos negócios, acredito firmemente que a definição sobre a continuidade da construção de Angra 3, que esperamos ocorrer em breve, será uma grande alavanca. Essa obra poderá gerar muitos empregos na região e contribuir significativamente para o aumento do faturamento da Nuclep, especialmente entre 2025 e 2027.
É fundamental que o planejamento estratégico do Brasil considere não apenas a continuidade à construção de Angra 3, mas também até outras usinas nucleares ou reatores modulares (small reactors). Tudo isso pode representar um grande impulso tanto para o setor nuclear quanto para a Nuclep, que foi criada nos anos 1980 justamente para atender ao programa nuclear brasileiro.
A seu ver, de que forma os recentes acontecimentos no cenário político internacional podem influenciar os negócios no Brasil?
O cenário político internacional tem sido muito favorável. O mundo está cada vez mais voltado para a energia sustentável, e a energia nuclear já está amplamente reconhecida e comprovada como uma fonte limpa.
Vários países estão retomando o incentivo ao setor nuclear, e o Brasil não pode ficar para trás. Basta observar o que está acontecendo globalmente: outras nações estão reintegrando a energia nuclear aos seus planejamentos energéticos devido ao seu caráter sustentável.
A transição energética em curso no mundo inteiro representa uma grande oportunidade para o Brasil e, especialmente, para o setor nuclear brasileiro.
Por fim, quais são as perspectivas de sua empresa para o ano de 2025?
Tenho uma expectativa excelente para 2025. No próximo ano, planejamos uma atuação forte no setor de óleo e gás, especialmente com as grandes encomendas que esperamos da Petrobras. No setor nuclear, a Eletronuclear deverá continuar as obras de Angra 3 e executar os projetos de extensão da vida útil de Angra 1, que certamente trarão novas demandas para a Nuclep.
Acredito que 2025 será muito promissor. Vamos priorizar o setor nuclear, que, junto com o segmento de óleo e gás, será um dos pilares da nossa atuação. A Nuclep estará preparada para aproveitar essas oportunidades, o que nos permitirá aumentar o faturamento e gerar empregos na região. Tenho certeza de que 2025 será ainda melhor que 2024 para todos nós, se Deus quiser.
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