COM A FALÊNCIA DECRETADA DA SETE BRASIL, CHEGA AO FIM MAIS UM CAPÍTULO DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Finalmente acabou aquela que nunca deveria ter sido. O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decretou a falência da Sete Brasil, empresa criada meses antes de explodir a Operação Lava Jato, em 2010, com o objetivo de construir 28 sondas de perfuração de petróleo que prestariam serviços para a Petrobrás. De todas elas, apenas quatro começaram a ser construídas. Aos trancos e barrancos, com suspeitas e acusações, a Sete Brasil pediu recuperação judicial em 2016. Agora, o juiz decidiu pela falência, porque considerou que não havia mais condições dela sobreviver. Foi a pá de cal. Ainda houve pagamento de 33 credores das classes I, II e III, com o desembolso do valor aproximado de R$ 1 milhão, enquanto o passivo a descoberto aumentou de R$ 21,7 bilhões para R$ 36 bilhões.
Em maio deste ano, essas despesas administrativas passaram de R$ 2,562 milhões para R$ 3,070 milhões. Nos últimos 8 anos, foram realizadas 44 assembleias e apresentadas 18 versões do plano de recuperação judicial. Outros motivos da falência foram a ausência de atividades empresariais, inviabilidade de cumprimento do plano de recuperação e pelo aumento do passivo. Era Sete Brasil pelo número de seus sócios, que reunia a própria Petrobrás (que faria as encomendas), bancos e também empresas de investimento. Tinha tudo para dar certo, se não fosse a ganância produzida pela corrupção desenfreada na empresa naquela época. E entrou em dificuldades após as investigações da Lava-Jato revelarem o esquema de que superfaturava as unidades, que seriam construídas no Brasil. Depois de todas as descobertas, ninguém estranharia se o no nome da empresa tivesse um número 1 na frente e outro logo depois do sete.
Em nota, a Sete Brasil disse que ” A Sete Brasil informa que recebeu com surpresa a decisão do juízo de decretação da sua falência antes de prazo fixado pelos credores na Assembleia Geral de Credores e está recorrendo da decisão. A companhia confia na possibilidade da Recuperação Judicial, conforme medidas já tratadas no processo e alinhadas com os credores.”
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