A ROSATOM INAUGUROU NA RÚSSIA O SEU SEGUNDO COMPLEXO PARA REPROCESSAR COMBUSTÍVEL NUCLEAR
A Rosatom dá mais um passo à frente no setor de combustíveis ao concluir o seu complexo de reprocessamento de combustível nuclear usado. A unidade pertence ao Centro de Demonstração Experimental da companhia, localizado em Zheleznogorsk, na região central da Rússia. A autorização para funcionamento da operação marca um momento crucial para a implementação de um ciclo fechado do combustível nuclear. O projeto foi desenvolvido pelo Combinado Químico Minerador (GKhK) da FSUE, empresa da Rosatom responsável pelo gerenciamento de resíduos radioativos e descomissionamento nuclear. A nova tecnologia utilizada no complexo não gera resíduos líquidos radioativos e reduz significativamente a quantidade de resíduos sólidos. A instalação seguiu rigorosos padrões de segurança nuclear, incluindo maior resistência sísmica, refletindo o compromisso da estatal russa com tecnologias sustentáveis e inovação na indústria nuclear. O GKhK lidera o desenvolvimento de soluções tecnológicas para o ciclo fechado do combustível nuclear.
Para lembrar, o Centro de Demonstração Experimental começou a ser construído em 2010, como parte de programas do governo russo para garantir a segurança nuclear e radiológica. Em 2015, foi inaugurado o primeiro complexo de lançamento, que incluía câmaras quentes de pesquisa e um laboratório analítico para testar tecnologias de reprocessamento e gestão de resíduos radioativos. A segunda fase, concluída agora, expande essas capacidades para o nível industrial. A inauguração oficial está prevista para 2025.
Vasily Tinin, diretor de política estatal da Rosatom para resíduos radioativos e descomissionamento de instalações nucleares, destacou a relevância estratégica do novo complexo: “O reprocessamento de combustível nuclear usado, com fechamento do ciclo, está em plena consonância com os princípios do desenvolvimento sustentável. O Centro de Demonstração Experimental é a única plataforma universal e de grande escala no mundo dedicada a transformar combustível usado em um novo recurso. Com a conclusão desta segunda fase, será possível processar combustível nuclear em escala industrial, reduzindo drasticamente o acúmulo de resíduos radioativos e minimizando a necessidade de descarte. Isso também nos aproxima das tecnologias energéticas de quarta geração, que tornarão a energia nuclear essencialmente renovável.”
Espera-se que o Plutônio retirado do combustível irradiado após sua passagem no reator seja bem protegido e não distribuído para os aliados do eixo para que cada um desenvolva ou multiplique suas ogivas nucleares. O hábito de bombardear usinas nucleares faz supor que está alternativa venha ser introduzida.