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A FIRJAN TEVE UMA FUNÇÃO IMPORTANTE PARA A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E GÁS NO RIO E PLANEJA AUMENTAR A SUA PARTICIPAÇÃO ESTE ANO

Karine_FragosoO Perspectivas 2025 desta segunda-feira (6), Dia de Reis, traz para a cena a gerente geral da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) do mais importante setor da economia do Estado: petróleo e gás. Karine Fragoso tem feito um trabalho sério e muito consistente, sempre unindo e reunindo os vários segmentos dessa indústria, que é composta por empresas nacionais, internacionais, grandes, médias, pequenas e gigantes, cada uma com a sua expertise. A Firjan teve um trabalho denso em 2024 realizando 620 reuniões específicas e já está alinhavando outros tantos eventos, a começar pelo que está marcado para o dia 30 deste mês, onde CEOs, profissionais especializados e empresários de várias companhias debaterão o mercado do gás para os próximos dez anos. O trabalho que será apresentado inicialmente detalha as oportunidades de inúmeros negócios ligados ao gás, que estão prevendo investimentos audaciosos de R$ 150 bilhões em dez anos.

Para que isso seja realizado, Karine Fragoso sabe que, muito provavelmente, será preciso romper uma barreira difícil de se transpor, principalmente depois que ONGsmarina internacionais se tornarem as principais influenciadoras dos técnicos do IBAMA, desde a posse de Marina Silva (foto à direita) à frente do Ministério do Meio Ambiente. O IBAMA não se destaca por preservar o meio ambiente, mas por atrapalhar o desenvolvimento do país em vários setores de nossa infraestrutura. A ponto de demorar dois anos para dar licença para campos maduros, que para operar já haviam sido licenciados. “ Nesse sentido, uma pauta fundamental para todos nós é o melhor alinhamento de objetivos entre os processos de licenciamento ambiental e o desenvolvimento econômico,” diz Karine nesta entrevista. Agora, vamos conhecer melhor o trabalho realizado por ela e sua equipe e quais são as perspectivas daqui para frente:

– Como foi o ano de 2024 para o seu segmento de atuação?

O ano foi realmente marcado pelo fortalecimento da nossa atuação. Com foco no desenvolvimento das cadeias produtivas locais e no aumento da empregabilidade, realizamos grandes esforços para contribuirmos com nossa expertise na capacitação da força de trabalho e no desenvolvimento tecnológico das nossas indústrias. Sem esquecer nossa contribuição nas temáticas ESG – cuidados com o meio ambiente e sustentabilidade, reponsabilidade econômica e social, e governança e gestão executiva.

O Presidente da Firjan participando do Macaé Energy

O Presidente da Firjan,  Luiz Césio Caetano, participando do Macaé Energy

Somos um sistema integrado – FIRJAN, SENAI, SESI, IEL e CIRJ que tem um olhar macro sobre as diversas temáticas, no nosso caso, dos mercados de óleo, gás, energias e naval, e atua de forma micro na solução de desafios. Foram, e são, projetos importantes de cunho não apenas estadual, mas de abrangência nacional que visam entregar – ao final das contas – maior competitividade para o país, com maior eficiência pela capacidade de fazermos cada vez mais com menos.

E não apenas o mercado em que atuamos, das energias, está em evolução. Neste ano, desenvolvemos com o Sebrae uma parceria que entregou diversos eventos de conexão nos quais engajamos mais 560 diferentes empresas, realizamos mais de 620 reuniões para atendimento a mais de 715 itens de demanda, realizamos a Macaé Energy, marcando nosso compromisso também com o interior do estado, ampliamos nossa responsabilidade, como área, para cuidarmos também das novas tecnologias para as energias, e tivemos um marco histórico de mudança de gestão, com a posse de um novo presidente, Luiz Césio Caetano, com nova diretoria, que com o mesmo propósito, agregam novos modos de pensar e fazer.

Também mantivemos nosso compromisso de acompanhamento e contribuição nas pautas legislativas e regulatórias, com articulação eebse posicionamento nos principais temas, e novos marcos, recém aprovados. Estamos muito felizes com o que entregamos nesse ano.

Se fosse consultado, quais sugestões daria para melhorar o ambiente de negócios no seu setor?

Precisamos garantir a atratividade de investimentos, com ferramentas adequadas, pois é a partir deles que os fornecedores, nossa indústria, se mantém e cresce. É a atividade produtiva que vai gerar os empregos e agregar valor para a criação de renda direta, e indireta, para governos, outros setores econômicos e para a sociedade como um todo. E temos ainda as clássicas: acesso a financiamento, isonomia tributária, acesso a insumos básicos, a preços adequados, entre outras.

camposRevisitando uma leitura, me marcou a citação de Guimarães Rosa: “O animal satisfeito dorme” – como com três palavras ele diz tanto?!  Não deixamos de buscar mais, mais oportunidades de melhorar, de abrir novos mercados para novas contratações, para uma indústria mais forte. Somos insatisfeitos.

Nesse sentido, uma pauta fundamental para todos nós é o melhor alinhamento de objetivos entre os processos de licenciamento ambiental e o desenvolvimento econômico. Outra que ainda perdura para 2025 é a manutenção da metodologia de preços de referência de petróleo para cálculo de participações governamentais para campos de maduros e de economicidade marginal.

Temos, ainda, importantes pautas na regulamentação do mercado livre de gás no estado do Rio, o qual precisa ser expandido para proporcionar agas um maior número de consumidores industriais a possibilidade de negociar seu próprio fornecimento de gás, melhorando sua competitividade. Além disso, as temáticas transversais, como: logística mais eficiente, sistema elétrico mais confiável, melhoria na segurança pública e um sistema tributário simplificado. Essas e outras propostas estão mais aprofundadas na Agenda de Propostas – Firjan para um Brasil 4.0.

A seu ver, de que forma os recentes acontecimentos nos cenários político e internacional podem influenciar os negócios no Brasil?

O Rio de Janeiro não está sozinho, somos parte de um país diverso, com natureza única, múltiplas potencialidades, e um desejo comum: a vontade de sermos cada vez melhores, mais desenvolvidos e mais atraentes para o mundo. Isso vale também para o Brasil.

refinaria 1Como país, estamos na mesma corrida que tantos outros países pela atração de investimentos – que podem até não concorrer entre si em primeira análise – mas que trazem diferenciais que nos permitem alcançar o desenvolvimento de um futuro mais rico como sociedade, nossa produção tem mais qualidade, e é mais eficiente em carbono, de um modo geral. O mundo deve pagar mais por isso.

E sim, mudanças de paradigma em grandes potências impactam diretamente nossa economia. Por exemplo, na Europa, 2025 temos o último ano antes do início do Mecanismo de Taxação de Carbono – CBAM, já nos Estados Unidos teremos uma mudança de rumo na política com o retorno de Donald Trump à presidência, ressurgindo pautas de fortalecimento da indústria americana e menos preocupação com a agenda de clima mundial.

– Por fim, quais são as perspectivas da Firjan para o ano de 2025?

São novos mercados em desenvolvimento, mas também mercados já conhecidos que demandarão ainda mais nossa atenção com novasSAIDA_FPSO_CID_MANGARATIBA(16-08-14)_Foto_Steferson_Faria_6360.jpg demandas e expectativa por excelência cada vez maior.

Nosso mantra será pela agregação de valor à nossa produção, com um esforço contínuo de fortalecer o encadeamento produtivo com nossa atuação via FIRJAN, SENAI, SESI, IEL e CIRJ. Transformar a economia do Rio pela prática diária de conectar e criar oportunidades e resolver desafios para uma indústria maior. Faremos mais!

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