SHELL AMARGA BAIXA CONTÁBIL DE QUASE US$ 1 BILHÃO E ANUNCIA “PAUSA” EM PROJETO DE ENERGIA EÓLICA OFFSHORE
Em seu novo relatório financeiro, a petroleira Shell admitiu que amargou uma perda contábil de quase US$ 1 bilhão após ter de tirar o pé do acelerador em seus planos de levar adiante o projeto de energia eólica offshore Atlantic Shores, localizado em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Em conversa com jornalistas, a diretora financeira da Shell, Sinead Gorman (foto), reconheceu a incapacidade da petroleira de levar adiante o projeto diante das atuais circunstâncias econômicas e de mercado. “Simplesmente não vemos que isso se encaixe em nossas capacidades nem nos retornos que gostaríamos. Então, tomamos a decisão de efetivamente dar baixa nisso e pausar nosso envolvimento”, reconheceu Sinead em uma teleconferência com a imprensa.
Para lembrar, o anúncio ocorre dias depois de o presidente americano Donald Trump emitir um memorando instruindo o Departamento do Interior a interromper a autorização de empreendimentos eólicos e revisar as aprovações para projetos existentes.
O projeto Atlantic Shores é fruto de uma joint venture da Shell New Energies US e a EDF-RE Offshore Development (uma subsidiária da EDF Renewables), que obteve aprovação federal dos EUA em outubro de 2024 para o plano de construção do projeto. O empreendimento forneceria 2,8 MW de energia para Nova Jersey com até quase 200 turbinas. Quando o plano de construção foi aprovado, foi destacado que Atlantic Shores seria o primeiro projeto eólico offshore em Nova Jersey.
A Shell também relatou US$ 3,66 bilhões em lucros ajustados para o quarto trimestre de 2024 – queda de cerca de 39,27% em comparação ao trimestre anterior e 49,89% em relação ao período correspondente de 2023.
A empresa alega que o resultado “refletiu maiores baixas de poços de exploração, menores margens de comercialização e otimização de petróleo bruto e derivados, menores margens e volumes de comercialização, menores margens de comercialização e otimização de GNL, menores preços de petróleo realizados e movimentos fiscais desfavoráveis”.
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