A PRIMEIRA MINISTRA DE ALBERTA, NO CANADÁ, QUER ACELERAR A CONSTRUÇÃO DE OLEODUTOS PORQUE O TARIFAÇO AMERICANO PODE SER DEVASTADOR
A mão dura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue fazendo desafetos pelo mundo principalmente nos mercados onde há desequilíbrios fortes na balança comercial entre eles. A primeira-ministra de Alberta, no Canadá, Danielle Smith, disse que está decepcionada com a imposição de tarifas ao Canadá pelo presidente Trump, e que trabalhará com Ottawa para encontrar uma resposta apropriada. A Casa Branca confirmou que o Canadá seria atingido com tarifas de 25% sobre todos os produtos, e o setor de energia com 10%, a partir de amanhã (4). A declaração diz que o Canadá e o México precisam interromper a imigração ilegal e impedir que “fentanil venenoso e outras drogas fluam para o nosso país”, disse Trump. Ele diz que o fentanil que entrou nos EUA por meio de “redes de distribuição ilícitas” desencadeou uma emergência nacional e uma crise de saúde pública. A China também está enfrentando tarifas de 10%, com a Casa Branca dizendo que não conseguiu conter o fluxo de produtos químicos para “cartéis criminosos conhecidos e acabar com a lavagem
de dinheiro por organizações criminosas transnacionais”.
Após o anúncio, Smith disse que Alberta fará o que puder para convencer Trump e os aliados dos EUA a reverter essa “política mutuamente destrutiva que prejudicará canadenses e americanos igualmente, e prejudicará o importante relacionamento e aliança entre nossas duas nações”. A quantidade de Fentanil nos Estados Unidos, uma droga poderosa, aumentou numa escala gigantesca, com os traficantes usando a criatividade para cruzar a fronteira dos Estados Unidos. Com o México, esta incidência é muito maior. Se o Canadá e o México quiserem reverter esta situação tarifária, terão que fazer melhor o trabalho de casa junto aos cartéis de drogas em seus países.
Smith também continuou dizendo que as tarifas de 10% sobre energia se devem em parte à defesa que o governo de Alberta fez para destacar a “riqueza substancial” criada nos EUA, cujas empresas refinam e vendem US$ 100 bilhões de petróleo bruto canadense em US$ 300 bilhões em produtos em todo o mundo. Ela disse que se as exportações de petróleo e gás forem excluídas, os EUA vendem mais para o Canadá do que o Canadá para os EUA, reiterando que os países do norte compram mais dos EUA “do que qualquer outro país do planeta. Portanto, não há justificativa econômica para tarifas impostas a quaisquer produtos canadenses”, diz em sua postagem no X. Para ela, as consequências podem ser devastadoras.
Ela diz também que Alberta trabalhará com Ottawa e outras províncias em uma resposta proporcional às tarifas, sugerindo o uso de tarifas de importação canadenses sobre produtos dos EUA facilmente adquiridos de fornecedores canadenses e não americanos. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou tarifas retaliatórias de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA, começando com US$ 30 bilhões amanhã e o restante 21 dias depois. O anúncio veio poucas horas depois de Trump impor tarifas ao Canadá. Ele decidiu prosseguir com tarifas retaliatórias, embora a ordem de Trump inclua um mecanismo para aumentar as taxas se o Canadá retaliar contra os EUA. O governo federal divulgou uma lista de produtos afetados pelas tarifas retaliatórias no domingo.
Smith disse que o Canadá deveria acelerar e construir oleodutos e gasodutos para as costas leste e oeste e repetiu isso em sua postagem. “Nossa província e nossa nação podem superar os formidáveis desafios econômicos que estão por vir. Mas só podemos fazer isso se começarmos a agir como um país saudável e funcional que apoia cada província a exportar seus melhores recursos e produtos para os mercados mundiais, alcançando assim seu potencial único. Ao fazer isso, o Canadá pode se tornar uma das nações mais prósperas e poderosas da Terra. Alberta está pronta para fazer a nossa parte se essa verdadeira abordagem da Equipe Canadá for adotada.”
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