TRABALHADORES DA ELETRONUCLEAR REALIZAM PROTESTO NO CENTRO DO RIO CONTRA CORTES PROMOVIDOS PELA DIREÇÃO DA EMPRESA
A crise entre os funcionários e a atual gestão da Eletronuclear chegou a um nível jamais visto na história da empresa. Indignados com as últimas medidas adotadas pela direção da companhia, trabalhadores da empresa realizam na tarde hoje (18), no Centro do Rio de Janeiro, um protesto contra o que classificam de “sucateamento da Eletronuclear“. Com cartazes e gritando palavras de ordem, os funcionários têm como alvo o atual presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, e o diretor administrativo Sidnei Bispo – personagens centrais em um plano de corte de custos que tem gerado revolta nos bastidores da companhia. Os protestantes também fazem críticas à Eletrobras, que recentemente conseguiu se livrar de realizar novos investimentos na Eletronuclear para conclusão de Angra 3 após um acordo com o governo. Aliás Bispo, acaba de conseguir uma indicação para mais um boquinha. Boquinha, não. Bocão. Suplente para o Conselho Fiscal da Petrobrás. Magda, Olho vivo.!
Como o Petronotícias vem noticiando ao longo das últimas semanas, a Eletronuclear apresentou recentemente um plano de austeridade sob a alegação de que precisa “fortalecer a sua sustentabilidade financeira”. A companhia está preparando um corte de despesas operacionais de pessoal, bem como a cobrança de custos de manutenção das vilas residenciais. Haverá ainda a adoção de um plano de demissão voluntária (PDV/PDI). O interessante é que este posicionamento seria uma determinação da Holding, a Eletrobrás, que tirou ocorpo fora da responsabilidade assumida de tocar o final das obras da Usina Nuclear Angra 3. Lycurgo obedece cegamente de olho em continuar trabalhando, mas na Eletrobrás. Bispo será processado por assédio moral aos funcionários detratados com arrogância e desrespeito por ele. Mas enquanto não for demitido, seguirá fazendo o papel que lhe foi designado pelos seus superiores.
Na última semana, representantes de sindicatos ligados aos trabalhadores da Eletronuclear manifestaram preocupação as medidas adotadas pela atual gestão da companhia. O plano de austeridade da estatal está gerando uma reação muito negativa entre funcionários, já que vários direitos estão sendo cortados, gerando estresse e tensão no dia a dia dos trabalhadores. O Sindicato dos Administradores do Estado do Rio de Janeiro (SINAERJ) e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Paraty e Angra dos Reis (STIEPAR) alegam que a atual gestão está indo por um caminho equivocado ao cortar direitos de trabalhadores sob o pretexto de organizar o caixa da companhia.
A reportagem do Petronotícias procurou a Eletronuclear para comentar a manifestação dos trabalhadores e ainda aguarda um posicionamento da empresa.
Veja abaixo um registro do protesto:
Enquanto esses déspotas continuarem na empresa, o programa nuclear brasileiro está acabado! Não entendem bulhufas de energia nuclear! Burocratas indicados por políticos e incompetentes ao extremo! Além de tudo, são covardes! Pq não aparecem e falam com a categoria?Mas com certeza tem costas quentes em Brasília. Fosse em qualquer outra empresa, já teria sido demitido sumariamente
Trabalhei no projeto Angra2/3 e desde 1978 quando Eletronuclear era Nuclen e nunca vi tanta incompetência na direção da companhia. Mas também com todo respeito que merece, nunca vi advogado presidindo a empresa, que sempre foi presidida por experts com vasto conhecimento.
A atual gestão da Eletronuclear enfrenta reação de toda a empresa. Entretanto, a reação deveria se estender a um público maior. Embora não abordado até aqui, uma empresa que opera duas usinas nucleares deveria ter nas lideranças pessoas habilitadas para enfrentar acidentes, e eles ocorrem, cinco reatores já fundiram. Durante acidentes as equipes de respostas e mitigação precisam estar habilitadas a agirem certo e rapidamente. Contudo, na cadeia de gestão, uma posição é essencial: a liderança. Decisões precisam ser tomadas, algumas difíceis e talvez inéditas, o tempo é curto, aumentando a pressão e a probabilidade de erros. Como proceder sem… Read more »
A classe política e a população dos municípios no entorno da Central Nuclear de Angra deveriam exigir gestão profissional e habilitada para o comando do colosso de energia que eles hospedam. Aliás, oferecer algo aquém disso é um desrespeito à região.
Sem querer ser dramático ou exagerado, um acidente em Angra com liberação de radiação, coincidente com um vento sudoeste típico de frentes frias, tornaria a cidade do Rio de Janeiro região de Fallout radioativo também. O interesse pela questão deve ser mais amplo do que apenas os funcionários da Eletronuclear.
A gestão de uma empresa que opera usinas nucleares já é algo complexo em condições normais. Durante acidentes a complexidade aumenta exponencialmente. Não se deve expor cegos à tiroteios. Não dá certo.
A história já testemunhou várias vezes durante conflitos que avançar para trás era a melhor solução, bem como se render, evitando mais baixas. Requer dignidade, coragem e inteligência, além de ética. Pedir para sair muitas vezes liberta.
Nesta semana ficou óbvio os objetivos do Lycurgo e associados do alto escalão da Eletronuclear. Num vídeo vazado na página do sindicato da Eletro ele diz sua principal preocupação, que seria a empresa ter de ser financiada com dinheiro público e que por isso tenha que rebaixar o salário de 150 funcionários ao limite do STF, ou seja, a ‘apenas’ 45 mil reais mensais. Como ele não quer que isso aconteça, está prejudicando os outros milhares de funcionários com suas famílias. Não apenas da própria Eletronuclear, mas principalmente das terceirizadas, que estão reduzindo o pessoal à metade do que era,… Read more »
😵💫🫥⚛️