MAURÍCIO TOLMASQUIM PODE ESTAR DE SAÍDA DA PETROBRÁS APÓS INDICAÇÃO PARA O CONSELHO DA ELETROBRÁS

Movimentos internos na Eletrobrás podem respingar na diretoria da Petrobrás. O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da petroleira, Mauricio Tolmasquim, pode deixar o cargo se assumir uma vaga no Conselho de Administração da empresa elétrica. Ele foi um dos indicados da União para compor o colegiado.

O edital da assembleia geral ordinária da Eletrobrás, a ser realizada em 29 de abril, afirma que a Petrobrás é enquadrada como uma “empresa concorrente”, o que colocaria Tolmasquim em conflito direto de interesses.

“Nesse sentido, o referido candidato [Tolmasquim] apresentou declaração por escrito, por meio da qual se compromete a se descompatibilizar da supracitada posição, caso venha a ser eleito para o Conselho de Administração da Eletrobrás”, afirma o edital.

Maurício Tolmasquim assumiu a diretoria da Petrobrás em 2023, indicado por Jean Paul Prates, então presidente da estatal, com a missão de impulsionar a transição energética da companhia. Mesmo após a substituição de Prates por Magda Chambriard, Tolmasquim permaneceu no cargo, onde comanda as áreas de gás e energia, além de liderar os investimentos da empresa em energias renováveis e na chamada “transição energética justa”.

Assim como Tolmasquim, outros dois indicados para o Conselho da Eletrobrás abririam mãos de suas atuais ocupações. Silas Rondeau, presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), e Nelson Hubner, membro do conselho de administração da ENBpar, já afirmaram que deixariam suas funções para assumir o novo compromisso com a Eletrobrás.