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PROJETO DO TÚNEL DO OLEODUTO DA LINHA 5 DE MICHIGAN É APROVADO PELO EXÉRCITO E ESPERA PUBLICAÇÃO OFICIAL

ponteORLANDO – Por Fabiana Rocha – A política “Drill, baby, Drill” do presidente Donald Trump parece cada vez mais forte, encorajando as petroleiras norte-americanas espalhadas pelo país. Em Michigan, um sinal significativo da força do presidente americano, foi o recuo das sete nações indígenas que se retiraram das discussões sobre um oleoduto da Linha 5. Elas dizem que há falhas das agências federais, que não querem mais se envolver com os governos tribais durante o processo. No governo Biden, reclamam, era diferente. Com isso, espera-se que a mudança acelere  o projeto da Linha 5, que transporta mais de meio milhão de barris de petróleo bruto e líquidos de gás natural por dia e corre entre os Estados Unidos e o Canadá. A Enbridge, a empresa proprietária do gasoduto, propôs um túnel sob os Grandes Lagos para substituir uma seção do oleoduto de 72 anos e falta apenas o parecer do Corpo de Bombeiros do Exército local, que também responde pelo setor ambiental.

As nações tribais estão envolvidas no processo de licenciamento desde 2020, quando a Enbridge solicitou a construção do túnel de 7 quilômetros sob o lago de Michigan,linha 5 que terá a participação da empresa brasileira Liderroll, especializada em obras desta envergadura. O túnel ficará 30 metros abaixo do leito do lago, com a primeira parte em descida e a segunda ascendente. Uma obra que terá uma operação de extrema dificuldade. No dia 20 deste mês, as tribos receberam a informação de que o Corpo de Engenheiros do Exército, a agência que avalia o projeto e seus impactos ambientais, informou que provavelmente concederia à Enbridge uma licença acelerada para o túnel sob a declaração de emergência energética do presidente Donald Trump, que efetivamente criou uma nova classe de licença para aumentar o fornecimento de energia. Esse anúncio, dizem as tribos, motivou a retirada.

Paulo Fernandes, Presidente da Liderroll, tem o planejamento do túnel mapeado

Paulo Fernandes, Presidente da Liderroll, tem o planejamento do túnel mapeado

Em um comunicado, os indígenas disseram que “As nações tribais não estão mais dispostas a gastar seu tempo e recursos como agências cooperantes apenas para que sua participação possa ser usada pelo Corpo para dar credibilidade a um processo e falho.Whitney Gravelle, presidente da Comunidade Indígena de Bay Mills, também se manifestou contrária ao projeto. Na verdade, as autoridades ambientais locais consideram o túnel mais seguro do que o oleoduto dentro do lago, como está há mais de 70 anos.

O porta-voz da Enbridge, Ryan Duffy (à direita), disse que o túnel “tornaria um oleoduto seguro ainda mais seguro, ao mesmotun tempo em que garantiria a entrega contínua, segura e acessível  essencial para a região dos Grandes Lagos”. O túnel ganha força agora provavelmente sob a ordem executiva do governo Trump, de acordo com advogados das tribos. A porta-voz do Corpo do Exército, Carrie Fox, disse que a agência está revisando a carta das tribos e contando com as regulamentações  existentes para acelerar a autorização de projetos qualificados pela ordem executiva de Trump, acrescentando que os novos procedimentos serão  publicados. As probabilidades estão fortemente inclinadas para a Enbridge. Embora grande parte dos produtos de petróleo e gás do oleoduto passem por Michigan e sigam para refinarias canadenses, a Enbridge diz que   o oleoduto fornece empregos e outros benefícios ao estado, incluindo mais da metade   do propano de Michigan.

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