FIRJAN DISCUTE EFEITOS DA REFORMA TRIBUTÁRIA NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS
Com dois dias de programação na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o 3º Seminário Tributação em Óleo e Gás — realizado em parceria com a Infis Consultoria — reuniu especialistas para discutir os efeitos da legislação tributária brasileira sobre as decisões estratégicas das empresas. Um dos principais focos do encontro foi a reforma tributária e seus desdobramentos para o setor energético.
“Não é a reforma ideal, exige aprimoramento, mas trouxe avanços significativos para a indústria e o setor produtivo do país. Essa reforma traz simplificação e transparência, mas ainda temos um longo caminho pela frente, com a necessidade de regulamentar diversos aspetos da reforma, para que essa mudança de fato seja positiva para o ambiente de negócios”, avaliou Gisela Gadelha (foto principal), diretora de Compliance e Jurídico da Firjan.
Eduardo Pontes (foto à direita), sócio da Infis e integrante do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan, ressaltou a abrangência do evento. “É sempre uma alegria estar aqui na casa da indústria do Rio de Janeiro, que tem um papel tão crucial na transição energética e no fortalecimento do ambiente de negócios. Gratuito e com ampla participação, esse é um dos eventos mais democráticos do mercado, reunindo contadores, advogados, consultores e diretores. É a indústria inteira presente — com um olhar que vai além do petróleo e gás. Estamos falando de diversos segmentos, como metalurgia, setor naval, questões aduaneiras. Todos os que têm interesse nesses temas“, afirmou.
A presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio, também sublinhou a relevância da reforma tributária. Já Karine Fragoso (foto à esquerda), gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, apontou o papel contínuo do petróleo na matriz energética global: “Vamos continuar precisando de óleo e de qualquer energia que seja viável economicamente e que não traga riscos ambientais aos patamares que nós estabelecermos para nós mesmos. Mas vamos precisar cada vez mais de energia, de água, de alimentos, saúde, educação e tudo isso consome energia“, declarou. Para ela, o ideal é somar diferentes fontes energéticas, e não descartá-las.
Durante o seminário, foram apresentados dados que reforçam o peso do setor no país. “O setor de óleo e gás hoje representa 17% do PIB industrial brasileiro e gera 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos“, destacou Claudio Nunes, diretor executivo de E&P do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). Francisco Bulhões, da PRIO, comentou os entraves impostos pelo sistema tributário atual: segundo ele, o modelo ainda dificulta a operação de empresas no país. Já Tabita Loureiro, da PPSA, enfatizou o desenvolvimento da produção no pré-sal desde o primeiro leilão da ANP.
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