MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA REDEFINE PROJETOS DE TRANSMISSÃO NO RIO GRANDE DO SUL PARA FORTALECER SISTEMA APÓS ENCHENTES
O Ministério de Minas e Energia (MME) fez uma reavaliação dos projetos previstos para o Leilão de Transmissão 2025, com foco no Rio Grande do Sul. A medida tem como objetivo fortalecer o sistema elétrico na região metropolitana de Porto Alegre após as enchentes históricas que atingiram o estado em maio do ano passado
Durante reunião híbrida realizada na sede do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com participação do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs), o MME detalhou as atualizações feitas nos relatórios técnicos R3 e R5 do Lote 2 do Leilão 002 do ano de 2024. As alterações incluem mudanças nos traçados de linhas de transmissão e a relocação de subestações para áreas mais elevadas, fora de zonas suscetíveis a inundações.
Entre as modificações, está o ajuste no traçado da LT 230 kV Ivoti 2 – São Sebastião do Caí 2, que passou de 19,26 km para 20,4 km, e da LT 230 kV Caxias – São Sebastião do Caí 2, reduzida de 44 km para 42,6 km. Já as subestações SE São Sebastião do Caí 2 e SE Ivoti 2 serão instaladas em cotas superiores a 40 metros de altitude. Está previsto ainda o seccionamento da linha de transmissão Caxias – Campo Bom. Essas obras, que estavam originalmente no escopo do Leilão 02 do ano de 2024 agora foram reintegradas ao Lote 3 do Leilão de Transmissão 04 de 2025.
Segundo o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, foi feito um trabalho de compatibilização de dados para mapear os impactos das manchas de inundação nas futuras infraestruturas. “Foi oportuno apresentar na reunião de hoje o que foi feito, os benefícios que as mudanças potencialmente trazem para resiliência e adaptação da infraestrutura que está sendo contratada. Para atender à crescente demanda da região metropolitana de Porto Alegre, as obras têm o objetivo de garantir o suprimento do mercado local conforme as condições de qualidade e confiabilidade requeridas pelo Sistema Interligado Nacional”, afirmou.
A decisão de reformular os projetos foi tomada após as enchentes de 2024, que reforçaram a necessidade de incluir critérios de resiliência no planejamento energético. Em julho daquele ano, MME, Aneel e EPE revisaram os estudos do Lote 2 com foco na redução de riscos em áreas vulneráveis, alinhando o plano de expansão à nova realidade climática do estado.
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