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GOVERNO TRABALHA EM NOVO MODELO REGULATÓRIO PARA O SETOR NUCLEAR E QUER ESTIMULAR EXPORTAÇÃO DE URÂNIO

imagem_lado_a_lado (2)A secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério da Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, afirmou hoje durante a abertura da feira NT2E 2025, no Rio de Janeiro, que o governo trabalha para um novo modelo regulatório para o setor nuclear, com maior participação do setor privado para incentivar novos investimentos. Além disso, o ministério também estuda medidas para estimular a exportação do urânio brasileiro, de olho na demanda global crescente desse minério.

A Lei nº 14.514, de 2022, foi um avanço importante, mas precisa ser efetivamente implementada. Por isso, estamos preparando um novo modelo regulatório para o setor nuclear, com foco em segurança jurídica, agilidade, responsabilidade, sustentabilidade e maior participação do setor privado – o que ampliará investimentos e trará dinamismo“, declarou a secretária.

Ela lembrou que apesar de o Brasil ter a sexta maior reserva de urânio do mundo, menos de um terço do território foi efetivamente mapeado. Ana Paula também afirmou que a demanda global por energia vai crescer exponencialmente, impulsionada especialmente pelo uso de novas tecnologias intensivas em energia, como a inteligência artificial.

DSC_0037Queremos acelerar parcerias em pesquisa e beneficiamento. Também visamos abrir caminho para a exportação do urânio brasileiro, em um mercado global cada vez mais atrativo“, declarou. “Apesar do evidente potencial brasileiro, a produção de urânio ainda é limitada. Hoje, precisamos importar 100% do combustível utilizado nas nossas usinas. A diretriz do ministro de Minas e Energia é mudar esse cenário, tornando o Brasil autossuficiente e capaz de contribuir com os projetos de segurança energética e descarbonização“, acrescentou Ana Paula.

Ainda de acordo com a secretária do MME, a pasta está empenhada em preencher as lacunas de conhecimento geológico sobre o território nacional. O Plano Decenal de Mapeamento Geológico – cuja proposta está em consulta pública – é uma das ferramentas que permitirá avançar de forma transparente e com previsibilidade. “Nele, propomos que o urânio, assim como outros minerais críticos, seja tratado como prioridade, dada sua relevância estratégica“, ponderou.

DSC_0060Ana Paula frisou que o Ministério de Minas e Energia buscou apoio do Ministério da Gestão e da Inovação no âmbito do Programa de Governança e Modernização das Empresas Estatais. Dentro do escopo do programa “Inova Estatais”, foi firmado um acordo de cooperação técnica envolvendo estatais do setor nuclear  – Nuclep, INB e Eletronuclear, além da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O objetivo é melhorar o desenvolvimento operacional dessas empresas, garantindo maior eficiência, alinhamento estratégico e contribuição efetiva ao desenvolvimento nacional sustentável e à segurança energética.

Por fim, a secretária destacou que o setor nuclear é também vetor de desenvolvimento regional. Ela citou o projeto de mineração de urânio em Santa Quitéria, no Ceará, que prevê a criação de quase 6 mil empregos diretos e indiretos, além de investimentos bilionários.

A maior produção de urânio no Brasil representará mais receita, mais empregos, mais renda, mais serviços e bens públicos – ou seja, mais desenvolvimento para as regiões onde essa riqueza está presente. Estamos confiantes. Com o novo marco regulatório, investimento em conhecimento geológico e diálogo com a sociedade e o mundo, o Brasil está pronto para se tornar um protagonista global no setor de energia nuclear“, concluiu.

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