LEILÃO DA OFERTA PERMANENTE NESTA TERÇA-FEIRA TERÁ FOCO EM ÁREAS DE NOVAS FRONTEIRAS QUE PODEM REPOR RESERVAS BRASILEIRAS
Começa daqui a pouco, às 10h, no Rio de Janeiro, o leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O Petronotícias fará a cobertura em tempo real do certame, com todos os resultados das empresas vencedoras, entrevistas e reportagens especiais. Na licitação desta terça-feira (16), estarão em oferta 16 setores com blocos exploratórios localizados em cinco bacias sedimentares. Além das áreas nas bacias de Santos, Parecis e Potiguar, o leilão também colocará em disputa blocos em novas frentes exploratórias — as bacias da Foz do Amazonas e de Pelotas — vistas como estratégicas para a reposição das reservas brasileiras, à medida que o pré-sal se aproxima do pico de produção.
O leilão servirá como termômetro para medir o interesse de petroleiras internacionais nessas novas fronteiras, que enfrentam diversos questionamentos ambientais. Muitas empresas acompanham de perto a longa jornada da Petrobrás na Bacia da Foz do Amazonas. A estatal tenta há anos obter licença ambiental para perfurar um poço exploratório na região, mas esbarra na resistência do Ibama, que negou a autorização em maio de 2023. A empresa apresentou um pedido de reconsideração e vem cumprindo uma série de exigências adicionais desde então. Mais de dois anos após a primeira negativa, a expectativa da petroleira é realizar em julho um simulado de vazamento de óleo — última etapa antes da possível emissão da licença.
Com potencial estimado em até 10 bilhões de barris, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Bacia da Foz do Amazonas está localizada na chamada Margem Equatorial. O governo federal aposta na atração de investimentos para a região, com promessa de geração de empregos, renda e desenvolvimento local.
Outra área promissora é a Bacia de Pelotas, situada no extremo sul da Margem Continental Brasileira. No 4º Ciclo da Oferta Permanente, em 2023, a Petrobrás adquiriu 29 blocos na região, sendo operadora de todos eles. À época, a companhia afirmou que as aquisições buscavam assegurar a sustentabilidade da produção futura de óleo e gás. Com os novos blocos, a área exploratória da estatal cresceu mais de 20 mil km², somando agora cerca de 50 mil km².
Ao todo, 12 empresas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os setores em disputa no leilão de hoje. No total, há 31 companhias habilitadas a apresentar propostas na sessão pública. Empresas que não entregaram garantias previamente podem participar em consórcio com aquelas que declararam interesse.
O leilão terá início com os blocos terrestres da Bacia dos Parecis, nos setores SPRC-L e SPRC-O. Em seguida, serão ofertados os blocos marítimos localizados nos 14 setores com declarações de interesse nas bacias da Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas.
Na Bacia da Foz do Amazonas, estão os setores SFZA-AP1, SFZA-AP2, SFZA-AP3 e SFZA-AP4. O setor SPOT-AP1 pertence à Bacia Potiguar. Já a Bacia de Santos inclui os setores SS-AUP4, SS-AUP5, SS-AP1, SS-AP4 e SS-AR3. Por fim, a Bacia de Pelotas abrange os setores SP-AUP3, SP-AUP7, SP-AP2 e SP-AP3.
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