faixa - nao remover

PROJETO PARA DESENVOLVER MICRORREATOR NUCLEAR NO BRASIL RECEBERÁ INVESTIMENTO DE R$ 50 MILHÕES

evento-MCTI_Luara-Baggi-tarjaO Brasil vai ganhar um projeto para desenvolvimento e testes das tecnologias críticas aplicáveis aos Microrreatores Nucleares (MRN). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram um contrato que destina um investimento total de R$ 50 milhões para a iniciativa. O projeto será liderado pela Diamante Geração de Energia, junto com a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e a startup Terminus Pesquisa e Desenvolvimento em Energia.

O projeto prevê a construção de uma Unidade Crítica (UCri), um pequeno reator de cerca de 100 W, que permitirá validar os parâmetros físicos e operacionais, realizar testes de segurança e simular diferentes cenários operacionais, incluindo falhas. Simultaneamente, serão desenvolvidas bancadas experimentais termohidráulicas e termomecânicas, além da fabricação de novos materiais, como ligas contendo urânio, berílio e nióbio, com técnicas de manufatura aditiva, consolidando a capacitação nacional.

Do total de investimentos destinados ao projeto, uma parcela de R$ 30 milhões será de subvenção econômica da FINEP, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Os R$ 20 milhões restantes serão de contrapartida das empresas participantes.

Pedro LitsekEstamos aqui para assinar o projeto de desenvolvimento e testes das tecnologias críticas para microrreatores nucleares, uma inovação radical não apenas para o nosso país, mas para o mundo”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos. Ela ainda destacou que, diante da emergência climática, a energia nuclear surge como uma aliada essencial na transição energética. “Para um futuro energético mais limpo e seguro, especialmente com a chegada da nova geração de reatores”, reforçou.

O CEO da Diamante Geração de Energia, Pedro Litsek (foto à direita), afirmou que a aposta na tecnologia nuclear é estratégica para o futuro da matriz energética brasileira. “Essa iniciativa mostra como acreditamos que o futuro da geração de energia no mundo passa, necessariamente, pela energia nuclear. Não há outra fonte capaz de substituir os combustíveis fósseis com a mesma confiabilidade e eficiência”, destacou o executivo.

adautoA INB será responsável pelo fornecimento do combustível nuclear e por serviços especializados de engenharia, além de garantir suporte técnico e administrativo em todas as etapas do projeto. “Este é um marco histórico para o setor nuclear brasileiro. A INB reforça sua vocação não apenas como produtora de combustível nuclear, mas também como uma empresa de base tecnológica, estratégica e protagonista no desenvolvimento de soluções inovadoras para o país”, destaca o presidente da INB, Adauto Seixas (foto à esquerda). “Os microrreatores nucleares têm enorme potencial para levar energia limpa, segura e sustentável a regiões remotas, além de atender demandas industriais, de defesa e de segurança energética nacional.”

Além de Diamante Energia, INB e Terminus, um grupo de nove instituições científicas e tecnológicas participarão dos trabalhos: Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal de Minas Gerai, Universidade Federal de Santa Catarina, Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha, Amazul, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Instituto de Engenharia Nuclear e o Instituto Nacional de Telecomunicações – INATEL.

O presidente da Finep, Elias Ramos, pontuou a importância estratégica do projeto, considerado um marco para a empresa pública de fomento à inovação. “É uma grande satisfação participar da celebração deste projeto, que envolve uma das estruturas mais complexas já apoiadas pela Finep. Temos a Diamante Geração como proponente e duas coexecutoras importantes, como as Indústrias Nucleares do Brasil, o que demonstra a robustez da iniciativa”, disse.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of