AS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL GARANTEM SEM DÚVIDAS DE QUE O PROGRAMA NUCLEAR IRANIANO FOI ATRASADO EM MUITOS ANOS

As Forças de Defesa de Israel (IDF) garantem que conseguiram atrasar o programa nuclear iraniano por anos, apesar das dúvidas da inteligência dos Estados Unidos. Pelos relatos da destruição, o programa iraniano voltou para Era Paleolítica, Mesozoica ou da Pedra Lascada. Praticamente todos os especialistas também acreditam que, até que o Irã ou terceiros vasculhem os escombros da usina nuclear de Fordow, ninguém saberá conclusivamente o quão gravemente as centrífugas nucleares foram danificadas. Apesar de relatos, a inteligência americana diz que os ataques de Israel e dos EUA ao programa nuclear iraniano só o atrasaram alguns meses, mas o porta-voz chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF), Brigadeiro-General Effie Defrin, insistiu que “O programa foi atrasado anos”. Defrin disse que “Cumprimos todos os objetivos da operação, até mais do que o esperado“, acrescentando que a verificação de todos os impactos específicos dos ataques israelenses e norte-americanos sobre os inúmeros componentes diferentes do programa nuclear iraniano ele “confia à inteligência da IDF e à força aérea, que  se mostraram precisas nas últimas semanas. Além disso, Defrin parafraseou o diretor-geral  Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, dizendo que havia um Irã antes dessa operação israelense, que estava perto de desenvolver uma arma nuclear, e agora há um Irã depois da operação, que está longe de desenvolver uma arma nuclear.

Esfahan

Na entrevista, também foi repetido que todas as principais instalações nucleares do Irã foram significativamente danificadas e foi confirmado que algumas das perdas específicas tornariam a produção de urânio em armas muito difícil para o Irã por um longo período. O porta-voz chefe das FDI também comemorou o triunfo ao atrasar substancialmente o programa de mísseis balísticos do Irã, além de preparar o cenário para atacar a República Islâmica em um momento em que operações israelenses anteriores já neutralizaram seus representantes durante esta guerra de 20 meses.

Praticamente todos os especialistas também acreditam que, até que o Irã, a AIEA ou quaisquer terceiros cavem os escombros da instalação nuclear de Fordow, sob uma montanha atingida por 14 bombas destruidoras de bunkers dos EUA, ninguém saberá conclusivamente o quão gravemente as centrífugas nucleares de Teerã foram danificadas ali. A declaração de Defrin também indicou que, qualquer que seja o status de parte do urânio enriquecido do Irã, que pode ter sido movido de seus locais pré-guerra — se foi destruído ou enterrado por bombardeios em outros lugares ou ainda está sendo rastreado ou inutilizável sem outros componentes do programa nuclear que foram destruídos — ele acredita que a soma total dos ataques atrasou o Irã em anos. O relatório da DIA (inteligência americana) em questão,  é sério, mas também é apenas uma das muitas opiniões da comunidade de informações dos EUA, composta por 17 agências, sendo que a CIA ainda não se pronunciou.

POSIÇÃO IRANIANA

O Porta-Voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã,  Esmail Baghaei, disse que os ataques dos EUA no domingo causaram danos significativos às suas instalações nucleares: “Nossas instalações nucleares foram seriamente danificadas, isso é certo. O Irã está muito mais distante de construir armas nucleares. O Secretário de Estado Norte Americano, Marco Rubio, disse hoje (25) que o Irã estava “muito mais longe de uma arma nuclear” após um ataque dos EUA às três principais instalações nucleares de Teerã no fim de semana. Os comentários de Rubio foram feitos depois que a Reuters e outras agências noticiaram na terça-feira que os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas atrasaram o programa de Teerã em apenas alguns meses, citando uma avaliação preliminar da inteligência dos EUA por meio de fontes.

O parlamento do Irã aprovou um projeto de lei nesta quarta-feira (25) para suspender a cooperação com o órgão de vigilância nuclear da ONU, que é a Agência Atômica (AIEA). O projeto, que precisa ser aprovado pelo Conselho Guardião não eleito do Irã para se tornar lei, estipula que qualquer inspeção futura pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) precisaria da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional. O presidente do parlamento, Mohammad Baqer Qalibaf, foi citado pela mídia estatal dizendo que  o projeto, que precisa ser aprovado pelo Conselho Guardião não eleito do Irã para se tornar lei, estipula que qualquer inspeção futura pela AIEA precisaria da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional.

Qalibaf foi citado dizendo que a AIEA se recusou até mesmo a condenar o ataque às instalações nucleares iranianas e “colocou sua credibilidade internacional à venda“. Ele disse que “por esse motivo, a Organização de Energia Atômica do Irã suspenderá sua cooperação com a AIEA até que a segurança das instalações nucleares seja garantida e acelere o programa nuclear pacífico do país”. O chefe da AIEA, Rafael Grossi, disse nesta quarta-feira que busca o retorno dos inspetores às instalações iranianas, incluindo as usinas onde enriquecia urânio, desde que Israel lançou ataques em 13 de junho. “A extensão total dos danos causados às instalações nucleares durante os ataques israelenses e o bombardeio americano ainda não está clara.”