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BRASIL TEVE CRESCIMENTO DE 202% NO NÚMERO DE POSTOS PARA ABASTECER FROTA PESADA COM GNV

Imagem do WhatsApp de 2025-06-27 à(s) 16.14.40_6e64fd6fA infraestrutura de postos de combustíveis de alta vazão – aqueles habilitados a abastecer veículos de frota pesada com gás natural veicular (GNV) em menos tempo – está em pleno crescimento. Em dois anos, o Brasil registrou um aumento de 202% no número de postos com capacidade, desde 2023, no número de postos de combustíveis. A informação é do Head de Inteligência de Mercado da Commit, Ricardo Vallejo (foto), durante painel do V Evento Cogen Sul, em Porto Alegre, organizado pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Segundo ele, o número de postos de alta vazão saltou de 40 unidades em 2023 para 121 em 2025, conforme dados consolidados pelas concessionárias associadas à Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). “Em 2025, até o final do ano, estão mapeados mais 45 postos com essa infraestrutura“, disse Vallejo. De acordo com o executivo, boa parte desses postos estão bem distribuídos nas regiões Sul e Sudeste. Os principais planos de expansão dos chamados corredores logísticos abrangem rotas rodoviárias que conectam as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras no interior, como, por exemplo, Londrina (PR), Campo Grande (MS) e Ribeirão Preto (SP). O objetivo das distribuidoras nessas regiões é atingir a cobertura completa até 2026.

De olho na redução de emissões de Gás de Efeito Estufa, transportadoras e empresas vêm substituindo caminhões a diesel por outros movidos a gás natural. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito, órgão do Ministério dos Transportes, o número de caminhões licenciados a gás natural passou de 731 veículos em 2022 para 2.196 unidades em abril de 2025.

O potencial de substituição é relevante — o transporte rodoviário tem um consumo diário de cerca de 184 milhões de litros de diesel, dos quais 23% são importados, e que há um grande potencial de substituição, com foco na busca do mercado por políticas de descarbonização. “O principal papel da concessionária é prover essa infraestrutura“, afirmou Vallejo, destacando que as distribuidoras de gás do portfólio da Commit estão investindo em infraestrutura para suportar esse crescimento, visando uma cobertura mais ampla nas principais rodovias da região Centro-Sul.

caminhao-a-gas-scaniaA Commit tem como estratégia capturar uma fatia desse mercado, especialmente devido à sua abrangência geográfica, com participação em seis concessionárias de gás canalizado no Centro-Sul, área responsável por 50% do consumo de diesel por caminhões em todo o Brasil“, disse ele.

Além de controlar a Necta (Noroeste Paulista) e a Sulgás (Rio Grande do Sul) e Compagas (Paraná) em conjunto com a Compass, a Commit tem participação em SCGás (Santa Catarina), MSGÁS (Mato Grosso do Sul e CEG-Rio (Interior do Rio de Janeiro). “Nossa missão é integrar o interior com os postos existentes em São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Estou muito confiante que em 2027 a gente vai ter toda essa cobertura.

Para Vallejo, a substituição de diesel por gás traz benefícios ambientais, inclusive com as perspectivas de produção de biometano, e econômicos, que incluem uma redução de custos com combustível em média de 16% em postos e de até 30% em sistemas de malha fechada.

Um dos projetos nessa direção é da Necta. A área de concessão da distribuidora tem 135 usinas com potencial de produção de até 6 milhões de metros cúbicos/dia de biometano. O plano da Necta, segundo Vallejo, é atuar como como ponto focal para promover a integração de diversos agentes – montadoras, usinas sucroenergéticas e postos de combustíveis. A ideia é estabelecer rotas fixas entre usinas e portos, possibilitando a descarbonização dos autoprodutores de biometano, todos com grande consumo de diesel.

Em outro painel, o diretor comercial da Sulgás, Charles de Souza Netto, disse que o projeto Corredores Verdes da companhia prevê a expansão da aplicação de Gás Natural em Veículos Pesados (caminhões/onibus), umas das ações é a instalação de bicos de alta vazão (NGV2) para abastecimento dos veículos pesados nas principais rodovias do Estado. “Já temos dois em operação, um em Eldorado do Sul e outro em Canoas junto com nossos parceiros revendedores. Nossa meta é contar com mais quatro a cinco postos operando ainda em 2025 com bicos de alta vazão. Estamos fazendo a nossa parte em conjunto com parceiros estratégicos neste segmento de mercado promissor.”

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