IRÃ IGNORA ALERTAS ISRAELENSE E AMERICANO, TRIPLICA A APOSTA E SUSPENDE ACORDO COM A AGÊNCIA ATÔMICA INTERNACIONAL
Mesmo enfraquecido, sem qualquer estrutura nuclear em funcionamento depois dos ataques das forças armadas de Israel e dos Estados Unidos, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, triplica a aposta contra as advertências do presidente americano, Donald Trump, e determinou hoje (2) a suspensão da cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), dirigida pelo argentino Rafael Grossi. A agência era a responsável por fiscalizar, através de imagens de câmeras instaladas nas bases de enriquecimento de urânio, e pelos profissionais escalados para estarem presentes nessas unidades. Os ataques limitaram ainda mais a capacidade dos inspetores de rastrear o programa de Teerã, que vinha enriquecendo urânio a níveis militares. Com urânio a 60%, os 400 quilos encontrados pela AIEA, que precipitaram os ataques israelenses, poderiam ser usados em 14 bombas nucleares.
A ordem do líder iraniano não incluiu cronogramas ou detalhes sobre o que essa suspensão implicaria. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, disse que poderia continuar as negociações com os Estados Unidos: “As portas da diplomacia nunca se fecharão completamente”. Para o Irã, talvez. Para os Israelenses e os americanos, o Irã “jamais terá uma bomba nuclear.” O Irã limitou as inspeções da AIEA como tática de pressão nas negociações com o Ocidente para retomar as negociações com os Estados Unidos, interrompidas antes mesmo dos ataques israelenses. A ordem de Pezeshkian seguiu uma lei aprovada pelo parlamento iraniano para suspender essa cooperação. O projeto de lei já recebeu a aprovação do órgão constitucional iraniano, o Conselho Guardião, o apoio do Conselho Supremo de Segurança Nacional do país.
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