SUBSEA7 É ALVO DE PROTESTO NO RIO DE JANEIRO E RECEBE CRÍTICAS POR LEVAR OBRAS DA PETROBRÁS PARA O EXTERIOR
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio) realizou nesta semana um protesto em frente à sede da Subsea7, no centro da capital fluminense. Segundo os sindicalistas, a empresa vem transferindo para países asiáticos a execução de contratos firmados com a Petrobrás — atitude que, segundo o Sindimetal-Rio, tem prejudicado diretamente o setor de óleo e gás no Brasil.
A Subsea7, multinacional norueguesa com sede em Londres, tem vencido licitações importantes para fornecimento de estruturas submarinas da estatal brasileira. Em maio, por exemplo, a companhia foi declarada em uma concorrência para execução de engenharia, aquisição, construção e instalação submarina (EPCI) para o Projeto Búzios 11, no pré-sal da Bacia de Santos. À época do anúncio do negócio, avaliado em R$ 8,4 bilhões, a Petrobrás declarou que o contrato tem requisito mínimo de 40% de conteúdo local, mas com a expectativa de alcançar um percentual acima de 50%.
No entanto, de acordo com os Sindimetal-Rio, em vez de executar os serviços em território nacional, a empresa tem optado por realizar as encomendas no exterior, especialmente na Ásia. A entidade afirma que essa postura tem afetado diversas companhias brasileiras da cadeia de óleo e gás, gerando ociosidade em fábricas brasileiras e demissões no setor.
“A Petrobrás está crescendo com a realização dessas obras, uma conquista do governo Lula. Mas elas precisam ser feitas no Brasil para gerar empregos diretos e indiretos. A gente vê essa questão como um ato discriminatório dessa empresa inglesa”, afirmou o presidente do Sindimetal-Rio, Melquizedeque Cordeiro Flor. “O governo federal tem garantido a renovação da frota na área de petróleo e gás, bem diferente do governo anterior. Falta agora que essas empresas que vencem as licitações mantenham as obras no Brasil”, completou.
O Petronotícias procurou a Subsea7 para comentar as contestações feitas pelo Sindimetal-Rio. A empresa não pôde comentar o caso imediatamente, mas prometeu enviar o seu posicionamento em breve. A matéria será atualizada quando a companhia responder o pedido de comentário feito por nossa reportagem.
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