LULA QUER QUE EMPRESÁRIOS ATINGIDOS PELAS TARIFAS DE 50% LEVANTEM COM ELE A BANDEIRA CONTRA OS ESTADOS UNIDOS
Quando se esperava uma posição serena, ponderada, de um presidente que pudesse ter ouvido bons conselhos e fosse prudente diante de um problema gravíssimo, com risco do país cair num limbo internacional, o que se viu ontem à noite (10) em vários telejornais brasileiros foi uma entrevista do presidente Lula, encomendada pela secretaria de comunicação do governo. No Jornal Nacional, ele foi mais contundente. Logo na abertura da entrevista, o apresentador William Bonner, quis colocar toda a responsabilidade das sanções americanas nas mãos do presidente Trump, dizendo que ele jogou uma mancha “sombria” na relação entre os dois países. Foi uma entrevista controlada pela assessoria do presidente, com a repórter Dellis Ortiz, que já apanhou feio de um segurança do ditador Nicolás Maduro durante uma visita ao presidente Lula, em Brasília. Visivelmente constrangida, representando um papel e lendo as perguntas pausadamente, aparentemente apresentadas antes ao entrevistado, sem questionamentos às respostas. Foi uma espécie de “gênero” de pronunciamento que se via como um “gênero” de entrevista.
Esperava-se de Lula um toque de humildade, de negociação, mas o que pôde se ver foi uma arrogância multiplicada. O presidente brasileiro voltou a defender a substituição do dólar nas negociações entre todos os países, o que é uma pedra de toque de Trump. Um ponto ultra sensível, já abandonado até pelos países que compõem originalmente o BRICS com o Brasil: Rússia, Índia, China e África do Sul. Exatamente o que precipitou que Donald Trump assinasse a carta com o anúncio da sanção de 50% nas tarifas alfandegárias ao Brasil. Para o presidente norte americano, isso é como se os Estados Unidos perdessem uma guerra. Lula sabe disso e insistiu nesta defesa. Falou em recorrer a uma carcomida OMC – Organização Mundial do Comércio – quase um cadáver insepulto, e ainda usar a reciprocidade, taxando as importações americanas em 50%.
Lula devolveu a carta ao encarregado de negócios americanos no Brasil, Gabriel Escobar, dizendo que não tomou conhecimento oficial, por ela não ter chegado por vias diplomáticas. Então, tecnicamente, o Brasil não recebeu, disse. Mas tomou conhecimento. E viu, com certeza, de que se o Brasil taxasse os produtos americanos, receberia a mesma taxação de volta, somada as anteriores. Os Estados Unidos são o segundo mercado dos produtos brasileiros e há inúmeras empresas norte-americanas instaladas no Brasil, gerando emprego e renda. Para os Estados Unidos, o mercado brasileiro é o 41º. Se o Brasil insistir em não perceber esta diferença, os Estados Unidos podem comprar café, suco de laranja, aço, aviões etc, em outros mercados. Se o Brasil ainda assim insistir em virar de costas para o mercado americano, bancar o autônomo, bater a porta e sair para vender estes produtos em outros mercados, há instrumentos que podem ser usados pelos Estados Unidos que podem deixar o nosso país ainda mais prejudicado.
Lula tem até o dia 1º de agosto para enxergar o óbvio e assumir as suas responsabilidades, mas parece não conseguir enxergar o óbvio, pendurado no argumento da soberania. A mesma que ele não respeitou na Argentina, ao defender a libertação da condenada por corrupção Cristina Kirchener; a mesma em que fez determinar o resgaste de outra corrupta, Nadine Heredia, ex-primeira dama do Peru, com um avião da Força Aérea Brasileira. A mesma soberania que ele não respeitou quando Israel reagiu aos ataques sórdidos dos terroristas do Hamas, que matou duas mil pessoas, entre bebês, meninas, velhos e crianças, que estavam em uma colônia invadida no sul do país. O que falar sobre soberania quando o atual presidente do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, pediu a interferência do governo Joe Binden nas eleições brasileiras? Ou quando o próprio Lula pede para que o primeiro ministro da China, Xi Jinping, mande para o Brasil um “especialista” para ajudar a censurar as redes sociais?
O presidente Lula ainda mantém um temperamento agressivo contra presidente Donald Trump. Hoje (11) mesmo ele mandou publicar um artigo pago, assinado por ele, em jornais internacionais para “denunciar” o presidente Trump ao mundo. O texto foi publicado em inglês Lula afirma que a tarifa de 50% gera “uma espiral de preços altos” e a “estagnação do crescimento” da economia global: “A lei do mais forte também ameaça o sistema multilateral de comércio. Tarifas abrangentes corrompem as cadeias de valor e empurram a economia global para uma espiral de preços altos e estagnação.” O artigo foi publicado por jornais como The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), El País (Espanha), Corriere Della Sera (Itália), Der Spiegel (Alemanha) e Clarín (Argentina). Além disso, o texto também foi divulgado em veículos de comunicação na China e no Japão mas, curiosamente, em nenhum jornal dos Estados Unidos.
Na entrevista ao Jornal Nacional, Lula disse que vai convocar os empresários brasileiros mais afetados pelas tarifas norte americanas. Lula quer que estes empresários embarquem na política que ele chama de nacionalista e, argumenta que “eles não podem ficar do lado dos Estados Unidos.” Mas são estes empresários que correm todos os riscos. Lula aposta o pescoço deles e dos milhares de trabalhadores brasileiros ligados à estas empresas. “Vamos ajudar a vender em outros países.” Apostar a vida dos outros fica fácil. O que Lula, pessoalmente, tem a perder? Por isso provoca. Veja a lista das bravatas que usou, até que o Presidente Trump apresentasse a conta:
- O atrito, que começou com o apoio público de Lula à adversária de Trump nas urnas eleitorais, Kamala Harris. O petista também sugeriu que a vitória de Trump significaria uma volta ao fascismo e do nazismo;
- Quando Trump taxou em 25% o aço e alumínio importados de qualquer lugar do mundo – inclusive do Brasil, Lula disse que o Brasil não aceitaria ser tutelado: “Não adianta o Trump continuar gritando de lá, porque aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo”.
- Lula foi comemorar a vitória dos aliados na segunda guerra, em festividade na Rússia, em guerra com a Ucrânia, e ficou isolado, sentado ao lado de ditadores de vários países;
O governo Lula constantemente reforça seu alinhamento com países antiamericanos, como China, Rússia, Irã, Venezuela e Cuba durante a declaração final do Brics no Rio de Janeiro, o bloco criticou a ameaça de tarifa adicional de 10% sugerida por Trump aos países do grupo. No mesmo dia Lula disse que o Brasil era soberano e que não aceitaria “interferência ou tutela de quem quer que seja”.
5 – Em novo desafio a Trump, o presidente brasleiro disse: “Eu não acho uma coisa muito responsável e séria um presidente da República de um tamanho de um país como os EUA ficar ameaçando o mundo através da internet. Não é correto. Ele precisa saber que o mundo mudou, não queremos imperador.”
- Lula apoia regimes ditatoriais, como o da Venezuela, Nicarágua e o de Cuba. Mas em seu terceiro mandato, mas evitou condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia e
deu declarações abertamente anti-Israel e a favor dos terroristas do Hamas e do Hezbollah, que são financiados pelo Irã.
- Autorizou que dois navios de guerra do Irã atracassem no Porto do Rio, pegar ninguém sabe ao certo o que, mesmo sob protesto dos Estados Unidos. O porta-helicópteros IRIS Makran e a fragata IRIS Dena, pertencentes à marinha iraniana, ficaram seis dias porto do Rio de Janeiro e geraram um ruído diplomático entre Brasil e Estados Unidos.
- No ano passado, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi na cerimônia de posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, sentou ao lado de lideres terroristas do Hamas, Hezbolah e Houthis; O Irã é acusado de cometer uma série de crimes contra os direitos humanos, sobretudo contra mulheres e a comunidade gay;
O presidente brasileiro também criticou publicamente o americano depois que este propôs assumir o controle da Faixa de Gaza e a saída dos palestinos da região. Lula disse que Trump incentivou um “genocídio” em Gaza. “Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos.”
- O atrito entre os dois países ganhou força com as rusgas entre o governo Trump e o governo Lula com apoio ao STF. Em setembro do ano passado, o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, suspendeu o X no Brasil por alguns dias. A plataforma é do empresário e, na época braço direito de Trump, Elon Musk. Multou o X, mas recolheu R$ 30 milhçoes de outra empresa de Musk, a Star Link.
- A primeira-dama, Janja, falou no mesmo evento que Moraes é um “grande parceiro na questão das fake news” e ainda xingou Elon Musk publicamente: “
Não tenho medo de Você. Fuck you, Elon Musk.”
- Alexandre de Moraes Proibiu a Plataforma Rumble de operar no Brasil por ter se recusado a dar informações sobre brasileiros que moram nos Estados Unidos. Por isso, o magistrado aplicar decisões do STF contra plataformas que operam em solo americano. Trump alega que o STF emitiu “centenas de ordens de censura secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e expulsão do mercado brasileiro de mídia social”.
- O governo brasileiro fez a versão tupiniquim ao famoso boné vermelho dos republicanos nos EUA com a frase “Make America Great Again” para se opor aos bolsonaristas que apoiam Trump. Foi feito um azul estampado com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. Ridículo.
Para finalizar a entrevista, Lula ainda insistiu em defender o STF de todas as reclamações que recebe por manter aberto um inquérito de seis anos que ninguém tem acesso, que acusa sem provas, que antecipa prisões, que fere a nossa Constituição, que interpreta as leis de forma não ortodoxa, que conduz delações de forma irregular, que antecipa sentenças antes dos julgamentos. “Vamos taxar também em 50%”. Lula repete argumentos rotos sobre Golpe no dia 8 de janeiro. E ainda encerra com uma mentira jamais provada sobre Bolsonaro, mas repetida por apoiadores do PT: “Ele que tentou dar um golpe nesse país. Ele não tentou só dar um golpe. Ele tentou preparar a minha morte.” Quem tem bom senso, pode saber quem está mentindo. Basta olhar a história de Lula pelo próprio Google.
Esse jegue só sabe ir ladeira abaixo, e tá levando a gente junto