faixa - nao remover

COMPAGAS DEVE INICIAR OBRAS DE GASODUTO DE 52 KM NO SEGUNDO SEMESTRE DESTE ANO E COMEÇAR OPERAÇÃO EM 2026

Imagem do WhatsApp de 2025-07-16 à(s) 18.31.47_defeda70A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) pretende iniciar no segundo semestre deste ano as obras de um novo gasoduto de 52 quilômetros entre os municípios de Araucária e Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba. Com investimento estimado em R$ 108 milhões, o projeto busca ampliar o fornecimento de gás natural para um polo agroindustrial estratégico, que inclui o futuro complexo de biodiesel do Grupo Potencial. Segundo o diretor comercial da Compagas, Luiz Carlos Kuns Passos, a expectativa é concluir as obras e iniciar a operação em 2026.  Além desse empreendimento, a companhia também avança com a interiorização da rede de gás no Paraná, com destaque para os projetos em Londrina e Maringá, onde estão sendo implantados cerca de 70 quilômetros de dutos para atender segmentos industriais, comerciais, residenciais e veiculares. Em paralelo, a empresa segue ampliando a infraestrutura de GNV no estado, dentro da estratégia dos Corredores Sustentáveis, e mantém diálogo com prefeituras para incentivar o uso de ônibus movidos a gás natural e biometano.

A Compagas tem um compromisso de investir R$ 505 milhões em cinco anos, entre o final de 2024 e 2029. Quais são os destaques desse plano de investimentos?

Compagas_BiometanoOs projetos aprovados pelo Paraná têm como maior destaque a construção de novos gasodutos de distribuição para abastecer municípios bastante relevantes no Estado, como Curitiba e Região Metropolitana, além dos Campos Gerais e no Norte do Estado. Também planejamos aumentar a oferta de gás natural e biometano para veículos pesados, o que representa um grande passo para a transição energética paranaense do Sul do País.

Uma das prioridades da Compagas é a construção de um gasoduto de 52 quilômetros entre Araucária e Lapa, na região metropolitana de Curitiba. Esse investimento, estimado em R$ 108 milhões, abre um corredor para o desenvolvimento econômico de um importante polo agroindustrial, inclusive o fornecimento de gás ao maior complexo de biodiesel do mundo a base de óleo de soja, anunciado pelo Grupo Potencial. As obras devem começar no segundo semestre e a estimativa é entregar o projeto em 2026.

Outro projeto fundamental é a construção de rede em Londrina e Maringá. São as maiores cidades do interior do Paraná e o quarto e sétimo municípios mais populosos da região Sul, respectivamente. O projeto abrange um total de 70 quilômetros de dutos para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular de Londrina. A primeira etapa das obras, ligando Cambé a Londrina, já começou, com quatro quilômetros de extensão, motivando a assinatura dos primeiros contratos com indústrias instaladas na região. Já em Maringá será construído um total de 19 quilômetros, para atendimento ao setor industrial, além de postos e usuários residenciais.

Qual a estratégia para o abastecimento desses municípios no Norte do Paraná?

biometanoAs duas cidades terão uma rede local, ou seja, sem conexão com a infraestrutura já existente da Compagas. A ideia é começar a abastecer as cidades com biometano. Inicialmente, o transporte será feito com caminhões movidos a biometano, solução essa que promove a economia circular, reduz de forma expressiva a geração de CO2 e contribui de forma ativa para as metas de descarbonização de empresas e centros urbanos.

Nosso objetivo é fomentar a transição energética no Paraná e no Brasil. Um grande passo nessa direção é a conexão de usinas de biometano no Paraná, um dos estados com maior potencial de produção de gás renovável, seja de origem agrossilvipastoril, seja de aterros sanitários.

Qual a estratégia para ampliar o atendimento a veículos pesados com gás natural?

Divulgacao_Corredores-Sustentaveis_Posto-Londrina-1-1024x576Estamos dando um passo firme para a integração dos principais corredores rodoviários do estado com o Porto de Paranaguá, o segundo maior do Brasil e um dos maiores da América Latina. Paranaguá recebe boa parte da produção de grãos proveniente do Mato Grosso do Sul e até mesmo do interior de São Paulo, que, na sua rota, passam pelo Norte do Paraná e pelos chamados Campos Gerais, até atravessar a região metropolitana de Curitiba até descer a Serra para o Litoral.

Nossa missão, então, é propiciar a operadores logísticos totais condições para substituir caminhões a diesel por outros veículos movidos a gás natural e biometano, muito mais eficientes, competitivos e com ganhos ambientais expressivos – um estudo comparativo de Avaliação do Ciclo de Vida, do poço à roda realizado pela ACV Brasil, mostra que o gás natural veicular (GNV) apresenta emissões de gases de efeito estufa 25% menores que o diesel, enquanto o biometano alcança um percentual de emissões 87% menor nessa comparação com o diesel, considerando emissões de veículos pesados com motor Euro5.

Para isso, seguimos estruturando postos no projeto Corredores Sustentáveis. Atualmente, a infraestrutura de GNV no Paraná já conta com 33 pontos estrategicamente posicionados em áreas urbanas de grande demanda e ao longo de eixos rodoviários, especialmente em Curitiba, Região Metropolitana, Paranaguá, Londrina e Ponta Grossa. Essa base atende tanto veículos leves como frotas comerciais e 11 deles estão preparados para atender especialmente os caminhões que usam o gás.

Ainda falando de frotas pesadas, a Compagas também planeja atender o mercado de veículos para transporte de passageiros?

onibus capaTemos interlocução com prefeituras de Curitiba e Londrina para estudar a possibilidade de adoção de ônibus a gás natural e biometano.

É uma solução que pode gerar benefícios consideráveis para a saúde pública, uma vez que os veículos a diesel lançam grande quantidade de material particulado – gases nocivos para os aparelhos respiratórios, como óxidos de nitrogênio (NOx) e s óxidos de enxofre (SOx).

Além dos novos projetos, quais são os planos de crescimento da Compagas para ampliar a base de clientes?

Compagas realizou workshops neste mês para apresentar projeto de expansão de rede no Norte do Paraná

Compagas realizou workshops neste mês para apresentar projeto de expansão de rede no Norte do Paraná

Teremos muito foco nos segmentos residencial e comercial. A Compagas vai dobrar de tamanho até 2029, incorporando 65 mil novos clientes, na conexão de novos empreendimentos imobiliários, a maior parte em Curitiba e em Londrina. Também estamos dialogando com condomínios já existentes para reforçar os atributos do gás canalizado na comparação com outros menos seguros e eficientes, universalizando o uso do gás natural nas cidades. Na medida que clientes potenciais percebam os benefícios, essa escolha fica fácil. Acreditamos que, muito mais do que distribuir gás, nosso negócio é ser indutores de desenvolvimento econômico e social, promovendo, ao mesmo tempo, a transição energética no Estado. 

No segundo semestre de 2024, a Compagas passou a ser controlada por um acionista com reconhecida experiência em distribuição de gás canalizado, a Compass, somando-se à experiência de acionistas como a Commit e a Mitsui, que, juntas, já vinham trabalhando para desenvolver e incorporar as melhores práticas de gestão e inovação no setor. Isso tem sido fundamental para estruturar uma cultura fortemente baseada em quatro pilares: Segurança, Eficiência, Pessoas e Centralidade no cliente. 

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of