ANTES DO INÍCIO DA TAXAÇÃO DE 50%, TRUMP ESTUDA SE VAI ROMPER ACORDOS DE VENDAS MILITARES PARA O BRASIL
“A Guerra tarifária vai começar na hora que eu der a resposta ao Trump.” Com esta frase, de vários significados, o presidente Lula pode colocar o Brasil, a economia do país, empresas, empresários e brasileiros em uma situação em que haverá muito desemprego, com uma possibilidade de recuperação extremamente penosa. A falta de humildade somada ao excesso de arrogância por parte de alguns membros do governo e do judiciário, impedem uma antecipação óbvia do que virá. Para quem está com o boi na sombra, não haverá qualquer mudança significativa. Para quem luta para sobreviver, como a grande maioria das empresas brasileiras, sejam pequenas, médias, micro ou grandes, situação vai apertar muito a partir desta sexta-feira, 1º de agosto, quando as vendas para os Estados Unidos terão uma sobretaxa de 50%. Há quem diga que, com isso, o mercado interno terão preços mais baixos. Mas por quanto tempo empresas e empresários terão condições de suportar? A tendência é o custo
da produção alcançar níveis que inviabilizarão o consumo. Mas também surge agora um novo movimento que, pela inércia de um poder legislativo, principalmente do senador brasileiro, promete mexer com as pedras do tabuleiro.
Foi detectado um movimento vindo dos militares brasileiros, depois da divulgação que há a possibilidade de um rompimento também de um acordo militar com os Estados Unidos. E isso ninguém quer, mesmo sendo o desejo do governo Lula acreditar que esse rompimento abrirá uma janela para a influência de três países dos BRICS em termos de armamentos: Rússia, Índia e China. Não é uma tradição militar brasileira a ligação militar com esses países, principalmente com a China. O Brasil se tornou um alvo para exemplos na estratégia americana. De imediato, as compras dez helicópteros militares Black Hawks e mísseis Javalin, poderiam ser suspensas. Haverá ainda repercussões na finalização do contrato com os franceses para o submarino nuclear, nas fragatas alemãs, além do fornecimento de peças essenciais para a construção dos Caças Gripen, comprados da Suécia, mas que utilizam equipamentos essenciais americanos.
Desde a semana passada os portais voltados para notícias sobre as Forças Armadas já traziam mensagens defendendo que as nossas forças armadas prosseguissem com as operações com militares americanos, com os intercâmbios e a aquisição de armamentos fornecidos pelos EUA, repudiando qualquer troca por tecnologias russas ou chinesas. A defesa desses equipamentos são discutiam se eram melhores ou piores, mas a ideologia da origem. Alguns informes destacavam a sofisticação no confronto entre os países, lembrando que pode-se sufocar um Estado com sanções econômicas ou tarifaços. Os militares estão esperando que o presidente Lula consiga abrir logo o diálogo com os Estados Unidos e definir que não haja retaliação contra os esforços militares brasileiros. Falam sobre o tênue desenho geopolítico atual. O site “Sociedade Militar”, veio com a seguinte manchete: “Forças Armadas reforçam laços com EUA enquanto China e Rússia intensificam assédio e disputam espaço no mercado militar”. No corpo da matéria, detalham as “vantagens” de dar continuidade a todos os programas com os Estados Unidos, com quem o Brasil negocia e se relaciona há 200 anos.
Nos últimos meses, o Exército brasileiro já encomendou 12 helicópteros Black Hawk, avaliados em US$ 451 milhões, e 222 mísseis Javelin, estimados em US$ 74 milhões, por meio do programa Foreign Military Sales (FMS), do Departamento de Estado dos EUA. Os contratos, firmados diretamente entre governos, deixaram de ficam isentos de tarifas. Não houve exceções por parte de Donald Trump. Parece ser mesmo uma guerra de influencias. O supremo, usa suas armas, fazendo exatamente que o governo americano não quer, apertando o ex-presidente Bolsonaro e oficiais militares de alta patente.
O site “Militarizando” diz que “Diante das tensões nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, as Forças Armadas brasileiras manifestam preocupação com o futuro da parceria estratégica. Oficialmente, as Forças Armadas comunicam ao governo que manterão sua política de aliança com os Estados Unidos, desvinculando-se das orientações ideológicas e priorizando a continuidade da parceria com os Estados Unidos, mesmo diante de eventuais divergências”. Os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica tomaram a decisão de manter o alinhamento estratégico, militar e tecnológico com os Estados Unidos, afirma. “As Forças Armadas brasileiras vivenciam um momento de tensão geopolítica, reforçando sua importância estratégica. Em meio à crise diplomática e comercial entre o governo brasileiro e a administração dos Estados Unidos, os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica tomaram a decisão de manter o alinhamento estratégico, militar e tecnológico com os Estados Unidos e com os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), independentemente da postura ideológica do governo federal”. O site especializado disse ainda que: “A cooperação com a OTAN, especialmente com os Estados Unidos, garante ao Brasil acesso a tecnologias avançadas, permitindo que as
Forças Armadas operem equipamentos compatíveis com os maiores exércitos do mundo. O programa do caça Gripen F-39 é um exemplo.”
O Ministro Alexandre de Moraes parece ter se sentindo confrontado com o depoimento de um oficial de alta patente, da ativa, prestar depoimento uniformizado. Determinou, mesmo contra as orientações internas do Exército, que o militar prestasse depoimento com roupas civis. Nem o Ministério da Defesa e nem o Exército se posicionou. Aliás, o Petronotícias também entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, pedindo mais informações sobre o posicionamento brasileiro e das forças armadas em relação a possibilidade de toda questão que gira em torno do acordo militar com os Estados Unidos, além de saber também o que pensa o Ministro José Múcio, conhecido pelo seu gentil e ponderado, e quais as conversas que ele está tendo com os comandantes militares sobre esta questão tão sensível. Ainda não obtivemos respostas. Nem que sim. E muito menos que não. Para um bom entendedor, um pingo é letra. Neste caso, até para um mau entendedor, um pingo também é uma letra.
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