RIO DE JANEIRO ULTRAPASSA 1,5 GW EM GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA SOLAR
O estado do Rio de Janeiro acaba de alcançar a marca de 1,5 gigawatt (GW) de potência instalada em geração própria de energia solar. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o território fluminense já soma mais de 164 mil conexões operacionais entre telhados e pequenos terrenos, espalhadas pelos 92 municípios do estado. Ao todo, mais de 190 mil consumidores se beneficiam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade energética.
Desde a regulamentação da geração distribuída, em 2012, o setor já movimentou R$ 7,3 bilhões em investimentos no estado, criou cerca de 47 mil empregos e gerou R$ 2,2 bilhões em arrecadação para os cofres públicos.
A ABSOLAR também acompanha com atenção a tramitação das Medidas Provisórias nº 1300/2025 e 1304/2025 no Congresso Nacional, que tratam da reforma do setor elétrico. Um dos principais pontos de atenção é a dificuldade de conexão de novos sistemas solares às redes de distribuição — um gargalo recorrente, segundo a associação, devido a negativas por parte das distribuidoras com base em suposta inversão de fluxo de potência, sem apresentação de estudos técnicos que comprovem os impactos.
A expectativa é que a reforma inclua exigências de transparência para essas negativas e garanta a não discriminação aos consumidores que participam do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE).
Camila Nascimento, coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio de Janeiro, destaca que a geração distribuída tem amplo respaldo da população. “Pesquisas mostram que nove em cada dez brasileiros desejam gerar sua própria energia limpa e renovável. Mexer nas regras aprovadas quase por unanimidade na Lei 14.300/2022 seria impopular, desalinhado com a transição energética e geraria insegurança jurídica”, alertou.
Para Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, a energia solar distribuída tem papel central no avanço da transição energética nacional. “A geração própria democratiza o acesso à energia, atrai investimentos, impulsiona empregos verdes, fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e aumenta a competitividade da economia brasileira.”
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