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CONCLUSÃO DA DEFINIÇÃO SOBRE CLASSIFICAÇÃO DE GASODUTOS SÓ DEVE ACONTECER EM NOVEMBRO

img20250812170631608MEDA elaboração da nova resolução que trará os critérios para a classificação de gasodutos de transporte deverá ser concluída  só em novembro. A informação foi revelada pela diretora interina da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Patricia Baran durante debate na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, realizado na terça-feira (12).

Inicialmente previsto para outubro, o término dos trabalhos teve de ser postergado devido ao grande interesse de agentes do mercado em participar das discussões. A ANP realizou uma consulta pública, já encerrada, para discutir a proposta e recebeu mais de 500 contribuições. A primeira audiência pública online da agência para debater a resolução aconteceu na tarde desta quarta-feira (13).

Temos mais de 30 expositores inscritos na audiência [desta quarta-feira], o que poderá nos levar a abrir uma segunda etapa, para que todos possam se manifestar”, afirmou Baran. A nova data da segunda etapa da audiência pública ainda não foi anunciada.

REPERCUSSÕES

Gasoduto-Subida-da-Serra-da-Comgas-Foto-Sima_SP-e1694536877404A discussão sobre o tema vem gerando debates no mercado de gás natural há anos e está diretamente relacionada à questão do Subida da Serra, em São Paulo. A ANP entende que o empreendimento é um gasoduto de transporte, enquanto a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) avalia que a linha pode ser classificada como um duto de distribuição.

O Subida da Serra tem como objetivo transportar 15 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de gás natural proveniente do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) até a malha de distribuição da Comgás.

Para a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), a proposta atual de resolução da ANP, se aprovada, poderá transferir ativos que pertencem aos Estados (Poder Concedente) para o setor privado e ter um impacto de mais de R$ 5 bilhões sobre investimentos já feitos pelas concessionárias, sem contar um volume ainda maior de recursos em novos projetos de expansão que seriam inviabilizados com as novas regras.

Foto Vinicius LouresCâmara dos Deputados_img20250812201758046 (1)Não é um levantamento exaustivo, mas são 935 km de gasodutos que poderiam ser reclassificados, que já estão quantificados em mais de R$ 5 bilhões. [São gasodutos] já construídos, já aprovados e que já estão nas tarifas dos consumidores, que já estão ressarcindo as distribuidoras pelos investimentos que já foram feitos“, afirmou o presidente executivo da Abegás, Marcelo Mendonça, durante a audiência na Câmara.

Para a associação, a proposta da ANP afeta a eficiência global e privilegia a expansão do elo de transporte em detrimento do elo de distribuição. A imposição levaria à construção de novos citygates, com custo estimado entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões, e impossibilitaria a criação de novas redes para captação de consumidores na rede de distribuição. “Isso limita o desenvolvimento das distribuidoras, compromete a expansão e o reforço da rede e prejudica a modicidade tarifária. Não é um investimento que tenha eficiência global. E inviabiliza a interligação de plantas de biometano mais distantes“, ressaltou o presidente executivo da Abegás.

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