NOVA LIDERANÇA DA HIDROCLEAN APOSTA EM TECNOLOGIA PARA REFORÇAR PRESENÇA NO MERCADO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Sob o comando do novo diretor Thiago Lemgruber, a Hidroclean, empresa do grupo Bravante, inicia uma nova fase com foco em tecnologia, modernização e reposicionamento da marca. Em entrevista ao Petronotícias, o executivo explicou que a estratégia inclui ampliar a presença no mercado de resposta a emergências ambientais, reforçando a atuação em setores como offshore e portuário. “Posso dizer que estamos atentos à expansão das atividades de óleo e gás no Brasil. Observamos uma crescente demanda por exploração, com movimentos para a Margem Equatorial, Bacia de Pelotas e novas descobertas na Bacia de Campos”, destacou Lemgruber. O diretor da companhia mencionou também que a empresa está investindo em novas tecnologias para ampliar ainda mais o tempo de resposta a emergências. “Estamos investindo em equipamentos para atuação em águas rápidas, mais modernos e eficientes para recolhimento de óleo em alto-mar. Eles ocupam menos espaço no convés, são mais práticos e ágeis no lançamento de barreiras, o que reduz o tempo de resposta”, detalhou.

Para começar, conte um pouco sobre a sua chegada à Hidroclean e quais são as principais metas, objetivos e desafios nesta nova fase.

Entrei na Hidroclean, do grupo Bravante, para conduzir um novo planejamento estratégico. No momento, estamos na etapa de diagnóstico: avaliando o mercado e analisando internamente as principais vantagens estratégicas da empresa. A Hidroclean é uma marca muito forte e presente no Brasil, com 50 bases espalhadas pelo país. A companhia faz parte do grupo Bravante, que tem 60 anos de tradição em áreas como construção naval, navegação, bunker, operações marítimas e offshore. É um grupo diversificado e com negócios complementares.

A Hidroclean se destaca pela atuação em prontidão portuária e offshore, tanto preventiva quanto em resposta a emergências. Hoje operamos metade dos Centros de Defesa Ambiental da Petrobras. Temos presença em 20 estados e realizamos mais de 200 simulados por ano — uma média de três a quatro por semana — para treinar nossa equipe, clientes e comunidades locais.

Esses exercícios envolvem embarcações, barreiras de contenção e sistemas de proteção, que são avaliados por clientes e órgãos ambientais como o Ibama e o Inea. Além disso, investimos em tecnologia, com sistemas de gerenciamento de crises e uma equipe técnica treinada para atuar em qualquer cenário, integrando a capacidade de resposta com a gestão de recursos humanos, equipamentos, materiais e logística.

Você mencionou o novo planejamento estratégico. Mesmo ainda na fase de diagnóstico, pode adiantar algumas diretrizes desse plano?

Posso dizer que estamos atentos à expansão das atividades de óleo e gás no Brasil. Observamos uma crescente demanda por exploração, com movimentos para a Margem Equatorial, Bacia de Pelotas e novas descobertas na Bacia de Campos. O foco natural é a área offshore, onde a Hidroclean já atua fortemente. Temos cerca de 30 equipamentos de recolhimento e mais de 10 quilômetros de barreiras para operações em alto-mar.

O Brasil vem incorporando duas a três plataformas por ano, todas com necessidade de prontidão para emergências ambientais. Atendemos diversas empresas produtoras de óleo e gás que atuam no Brasil, realizando simulados mensais com participação de órgãos ambientais. 

O segmento de prontidão portuária também é prioritário. Estamos estudando o mercado para entender nossa participação e onde podemos crescer. Esse é um setor que desperta bastante atenção. Outra frente importante é a área técnica, responsável por elaborar planos de emergência, estudos e licenciamento ambiental, além de treinamentos que ajudam a suprir a carência de mão de obra qualificada no setor.

Quais novidades ou novos serviços a empresa pretende apresentar em breve?

Estamos investindo em equipamentos para atuação em águas rápidas, mais modernos e eficientes para recolhimento de óleo em alto-mar. Eles ocupam menos espaço no convés, são mais práticos e ágeis no lançamento de barreiras, o que reduz o tempo de resposta — um fator crítico em emergências. A ideia é ampliar e modernizar nossa frota com esse tipo de tecnologia.

Como a Hidroclean vê as oportunidades nas novas fronteiras de exploração do Brasil, como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas?

Vemos com bons olhos e acreditamos que o Brasil está preparado para atender a essas demandas. A indústria nacional de óleo e gás é madura e conta com sistemas de resposta testados diariamente em simulados. Há infraestrutura portuária, construção naval e cadeia de suprimentos capazes de suportar essa expansão. Estamos acompanhando de perto esses movimentos, de olho em futuras oportunidades. 

A empresa anunciou recentemente que pretende fazer um reposicionamento dentro do mercado. O que isso significa, em termos práticos?

A marca Hidroclean é muito forte, com tradição, pioneirismo, capilaridade, tecnologia e capacidade de resposta. Mas acredito que ainda há oportunidades para divulgar ao mercado toda a nossa capacidade de atuação. Queremos mudar isso, estar mais presentes e comunicar melhor o que fazemos. O trabalho produzido pela Hidroclean no mercado de prontidão e resposta a emergências ambientais é feito com propósito e dá segurança para autoridades, investidores e população em geral. Tornar esse trabalho visível beneficia não só a Hidroclean, mas todo o setor e a sociedade.

O Grupo Bravante está sempre se reinventando – e a Hidroclean segue o mesmo caminho, buscando estar na vanguarda do segmento ambiental, assim como o grupo está na vanguarda em construção naval, bunker e navegação offshore. Nosso objetivo é manter uma presença relevante e de alto desempenho em todas as áreas de atuação.