A EDIÇÃO 2025 DA NAVALSHORE FECHA COM CHAVE DE OURO E PÚBLICO RECORDE NESTE ANO
A Navalshore fechou a edição 2025 com os melhores números desde a sua primeira edição. O Evento reuniu mais de 18 mil visitantes e 144 expositores no Rio de Janeiro, com debates sobre inovação, sustentabilidade e o papel estratégico do setor para a economia e a defesa nacional. “O fortalecimento da indústria naval brasileira é estratégico para a soberania nacional.” A afirmação foi feita pelo diretor de Gestão de Programas da Marinha, vice-almirante Marcelo da Silva Gomes, durante a conferência sobre a construção do núcleo do Poder Naval, realizada no último dia da Navalshore 2025. Segundo o oficial, investir em tecnologia, em infraestrutura e na construção de uma moderna frota naval garante ao país maior autonomia no setor marítimo, amplia a capacidade de defesa e integração logística, além de potencializar o aproveitamento das riquezas da Amazônia Azul, área marítima de mais de 5,7 milhões de km² sob jurisdição brasileira. “Um país que ocupa a nona posição no ranking econômico global não pode ocupar a 25ª posição entre as forças navais”, destacou.
A participação do vice-almirante marcou o encerramento da conferência, uma das principais atividades da programação do maior encontro da indústria marítima da América Latina. Em sua 19ª edição, a Navalshore 2025 reuniu, no Rio de Janeiro, mais de 18 mil visitantes e 144 expositores, consolidando-se como uma importante plataforma de negócios do setor naval. Ao longo de três dias, foram promovidas 38 palestras e oito debates, que colocaram em pauta temas como inovação tecnológica, sustentabilidade e os desafios estratégicos do setor. Para lembrar, a abertura da Navalshore 2025 foi marcada pelo anúncio do início da construção de quatro navios da classe Handy para a Petrobrás. O contrato de eficácia, assinado pela companhia foi divulgado pelo presidente da Transpetro,
Sérgio Bacci, e integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota, representando um novo ciclo de investimentos no setor naval brasileiro. No mesmo evento, a sociedade classificadora American Bureau of Shipping (ABS) concedeu certificação de excelência técnica ao programa Saúde a Bordo, que tornou a Transpetro pioneira na América Latina na adoção de um sistema próprio de telemedicina em embarcações.
A Conferência Oficial do evento reuniu especialistas, autoridades e representantes de empresas para discutir os principais desafios e perspectivas da indústria naval e offshore. A feira também reuniu lançamentos de soluções inovadoras apresentados pelos expositores. A Saab, por exemplo, apresentou o sistema Double Eagle, voltado para a eliminação de minas submarinas, enquanto o Grupo Mac Laren anunciou o início da construção do primeiro dique flutuante do Cone Sul, um investimento de US$ 50 milhões, que visa integrar serviços de manutenção e reparos para embarcações.
Outra novidade foi o motor de grande porte da linha MaK, apresentado pela Sotreq, que representa uma inovação inédita no setor naval. Pela primeira vez no mundo, um motor originalmente movido a diesel pode operar com etanol retrofit, reforçando tendências de sustentabilidade e eficiência energética na indústria marítima. A Hughes do Brasil apresentou soluções de comunicação avançadas, entre elas redes privativas LTE/5G e sistemas via satélite para missões críticas, oferecendo formas confiáveis e seguras de conexão em áreas remotas, fundamentais para operações navais e offshore.
O programa Rede de Oportunidades (RdO) para Fornecedores também se destacou no evento ao aproximar grandes empresas, como Transpetro e Wilson Sons, de fornecedores qualificados. Criada pela Firjan/Senai/Sesi, a iniciativa promove encontros presenciais que ampliam a visibilidade dos participantes e fortalecem as chances de novos contratos no setor naval. Nesta edição, foram efetivadas mais de 350 reuniões com empresários interessados no desenvolvimento de negócios.
O Cluster Naval e Tecnológico apresentou dois workshops estratégicos, abordando bioincrustação marinha e novas oportunidades de negócios. Os encontros permitiram a troca de conhecimentos técnicos e estratégicos essenciais para a eficiência operacional e o crescimento do setor naval. Paralelamente, o Ciclo de Palestras contou com exposições técnicas de empresas que compartilham soluções, experiências e inovações diretamente com profissionais e executivos do setor. O programa ofereceu aos participantes oportunidades de aprofundar conhecimentos sobre tendências de mercado e tecnologias emergentes, fornecendo subsídios estratégicos para tomada de decisão e planejamento operacional.
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