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WEHANDLE CONSOLIDA PRESENÇA NO SETOR DE ÓLEO E GÁS COM FERRAMENTA QUE DÁ MAIS AGILIDADE NA GESTÃO DE TERCEIRIZADOS

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A gestão de serviços de terceiros é um desafio para todos os ramos industriais e, especialmente, para o setor de óleo e gás, que envolve operações extremamente críticas. Diante dos gargalos sentidos pelo mercado na gerência e no controle de fornecedores, a empresa wehandle nasceu em 2020 com a proposta de fornecer uma plataforma que combina inteligência artificial e organização de dados para agilizar a mobilização de profissionais e garantir conformidade documental. Com cinco anos de atuação no mercado, a companhia já acumula casos de sucesso, conquistando importantes contratos também no setor de óleo e gás, com as operadoras Brava Energia e PetroReconcavo.

Para o futuro, a meta da wehandle é ampliar ainda mais sua presença na indústria petrolífera. “O foco agora é trazer mais players do segmento, garantindo que possamos entregar valor por meio da inteligência artificial, da mobilização rápida e do controle documental, que ajuda a mitigar riscos de passivo para as empresas”, afirma a CRO da wehandle, Juliana Simões, nossa entrevistada desta segunda-feira (25). A executiva relata que a plataforma da empresa permite que documentos de fornecedores sejam validados rapidamente (entre 24 e 48 horas) e compartilhados, criando um efeito de rede que aumenta a eficiência operacional e reduz riscos trabalhistas. “Nosso papel é mostrar que a transformação na gestão de terceiros não é uma promessa futura, mas uma realidade que já está gerando resultados concretos no mercado“, concluiu.

Em que contexto surgiu a ideia de fundar a empresa?

Vivência prática dos fundadores com os gargalos da gestão de terceiros motivou o nascimento da wehandle

Vivência prática dos fundadores com os gargalos da gestão de terceiros motivou o nascimento da wehandle

A wehandle foi criada por profissionais com mais de 25 anos de experiência em grandes indústrias, atuando em consultoria de segurança do trabalho e gestão de terceiros. Durante esse período, os fundadores começaram a notar um padrão: em diversos clientes, ou eram barrados na portaria por falta de documentação, ou tinham o pagamento retido pelo mesmo motivo.

Com a proximidade que tinham com as indústrias, eles passaram a questionar por que isso acontecia e perceberam que não se tratava de um problema pontual, mas recorrente em toda a cadeia. Havia um efeito de rede: fornecedores, subcontratados e tomadores se relacionando de forma ineficiente. Essa ineficiência gerava três grandes dores.

Quais eram essas três grandes “dores”?

A primeira era a mobilização. No setor de energia, por exemplo, muitas vezes é preciso mobilizar equipes para obras. Mas não se pode colocar em campo alguém sem garantir que esse profissional possui a capacitação técnica para trabalhar naquele projeto. Esse processo de validação, baseado na troca de documentos entre várias unidades, acabava demorando até 20 dias, o que comprometia a agilidade.

A segunda dor envolvia a parte trabalhista. Há uma série de documentos de competência mensal — como folha de ponto e holerite — que precisam ser validados. No passado, como as empresas não tinham áreas específicas para gestão de terceiros, essa responsabilidade recaía sobre o RH, que não tinha estrutura para analisar tudo. O trabalho era feito por amostragem, o que não eliminava riscos. Com isso, passivos trabalhistas se acumulavam, exigindo aprovisionamento e impactando a receita.

O terceiro ponto era a falta de unificação. Diversas áreas — RH, segurança do trabalho, meio ambiente, qualidade, capacitação técnica — precisavam interagir na jornada das empresas terceirizadas. Sem uma plataforma única, esse fluxo ficava fragmentado e ineficiente. A solução seria centralizar tudo em um só sistema, capaz de integrar informações, agilizar validações e mitigar riscos, sejam trabalhistas, de saúde e segurança ou ambientais.

A partir dessas dores e da evolução do mercado, percebemos que era preciso usar tecnologia para transformar a gestão de terceiros em uma pauta estratégica, e foi nesse contexto que a wehandle surgiu.

E como a wehandle transformou essas dores em solução prática?

Campo de Atlanta, operado pela Brava

Campo de Atlanta, operado pela Brava

A wehandle surgiu em 2020 e, desde então, está oferecendo ao mercado uma plataforma que conta com diversas funcionalidades, incluindo inteligência artificial para validação de documentos e organização de colaboradores por serviço e alocação. A partir daí, formou-se um efeito de rede: cada tomador traz seus fornecedores, que muitas vezes também prestam serviços para outros clientes.

Dois cases de sucesso da wehandle são Bravo e PetroReconcavo, empresas do setor de óleo e gás que atuam na mesma região e compartilham entre 25% e 30% de fornecedores. Nesse modelo, quando um documento já foi validado para uma empresa, ele pode ser aproveitado por outra, sempre respeitando as regras de cada companhia.

Com isso, além de oferecer um software para melhorar a gestão de terceiros, a wehandle passou a reduzir significativamente o tempo de mobilização, pois os fornecedores já entram no sistema com documentos validados. Esse é o contexto em que a nossa empresa nasceu e no qual seguimos trabalhando hoje.

Como tem sido a atuação da companhia no setor de óleo e gás?

Este ano estamos focando bastante no setor de energia e óleo e gás. Para isso, definimos nosso ICP (sigla em inglês para Perfil de Cliente Ideal), considerando maturidade do produto e demanda do mercado. Segundo uma pesquisa da Deloitte, a terceirização vem aumentando – 53% da mão de obra do Brasil é terceirizada. No setor de óleo e gás esse número pode chegar a 90%.

A pesquisa também mostrou que, em 2023, 25% das empresas ainda não haviam iniciado a gestão de terceiros e apenas 3% se consideravam integradas e otimizadas nesse processo. Ou seja, grande parte do mercado ainda opera de forma imatura. Entre 2023 e 2024, observamos um crescimento de 10% nas empresas que começaram a estruturar sua gestão de terceiros, mostrando a vontade de amadurecimento do setor.

Dentro da wehandle, vemos na prática como o efeito de rede reduz o tempo de mobilização. Em média, antes da plataforma, esse processo levava cerca de 20 dias dentro dos nossos clientes de óleo e gás. Hoje, quando fornecedores são compartilhados, conseguimos reduzir esse tempo para um intervalo entre 18 e 24 horas, mantendo a segurança e a conformidade. Com base nesses resultados, tomamos a decisão estratégica de focar ainda mais em empresas de energia.

E qual tem sido a estratégia para ampliar ainda mais a presença no setor?

size_590_operarios-da-petrobrasTemos participado de eventos de energia, como o Energy Summit, no Rio de Janeiro, onde discutimos a evolução do setor e a transição energética. Além disso, já atendemos dois grandes players em óleo e gás, que possuem uma cadeia extensa de fornecedores. A partir desses cases, buscamos ouvir o mercado para entender novas dores e mostrar como nossa solução pode ser aplicada.

Na prática, estamos mostrando ao setor de óleo e gás como a wehandle pode organizar toda a gestão de terceiros. As empresas que utilizam nossa plataforma parametrizam sua matriz de risco por atividade ou cargo. Por exemplo: os tomadores de serviços podem definir uma regra solicitando que motoristas tenham certificado de direção defensiva ou que eletricistas possuam treinamento em NR-10. Nossa plataforma dispõe de um canal que elimina a necessidade de trocas por e-mails e planilhas, facilitando o envio e recebimento de documentação. Nossa inteligência artificial valida os documentos e emite o status. Esse processo, que antes podia levar meses, hoje é concluído em até 48 horas — sendo que 80% das validações ocorrem em 24 horas. A plataforma ainda permite definir documentos críticos que bloqueiam a entrada em campo e garante conformidade em todas as unidades.

E olhando para o futuro, quais são os próximos planos da wehandle no setor de óleo e gás?

Nosso próximo passo é ampliar a presença no setor, emplacando a We Handle em mais players. Passamos os últimos anos desenvolvendo a tecnologia e investindo em inteligência artificial, alcançando maturidade suficiente para acelerar o go-to-market. Já construímos cases de sucesso com Brava e PetroReconcavo e agora buscamos expandir a base de clientes para fortalecer ainda mais o efeito de rede. Quanto mais empresas estão conectadas em uma mesma região, mais fornecedores são compartilhados e maior é o ganho de eficiência.

O foco agora é trazer mais players do segmento, garantindo que possamos entregar valor por meio da inteligência artificial, da mobilização rápida e do controle documental, que ajuda a mitigar riscos de passivo para as empresas. Com isso, conseguimos consolidar o efeito de rede. Essa consolidação abre infinitas possibilidades para facilitar tanto a vida das contratantes quanto dos fornecedores.

Nossa missão é mudar a forma como o mercado enxerga a gestão de terceiros. Não queremos que seja vista como um risco, mas como um novo padrão de governança. E, no fim do dia, estamos falando de vidas — profissionais que precisam ter garantidas as mesmas condições de capacitação, segurança e qualidade que os colaboradores CLT.

E para encerrar, quais são os desafios e oportunidades dessa nova onda de gestão de terceiros no Brasil?

fpso_almirante_barroso_buzios_1Pela minha experiência conversando com empresas ao longo dos anos, eu diria que 70% a 80% sequer têm processos estruturados. Estão em um passo anterior, quase educacional. Nosso desafio, portanto, é mostrar que a tecnologia existe, que já há cases comprovados de eficiência, e que não faz sentido encarar o provisionamento de milhões em passivos trabalhistas como algo inevitável.

Outro ponto é lidar com a desconfiança em relação à inteligência artificial. Quando apresentamos a plataforma, a reação costuma ser de surpresa — “mentira que isso existe, onde vocês estavam?” — seguida de uma enxurrada de dúvidas sobre normas, regulações e funcionamento prático. Por isso, o grande trabalho agora é educar o mercado, mostrar que essa nova onda da gestão de terceiros é viável e confiável, e que pode transformar a gestão de terceiros em algo mais eficiente e menos oneroso.

Estamos investindo muito em criar esse awareness, levando informação, ouvindo as dores das empresas e mostrando que já temos soluções em operação, tanto no óleo e gás quanto em outros segmentos. Nosso papel é mostrar que a transformação na gestão de terceiros não é uma promessa futura, mas uma realidade que já está gerando resultados concretos no mercado.

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