TOTALENERGIES PLANEJA AUMENTAR PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E ELETRICIDADE, MAS REDUZ PREVISÃO DE INVESTIMENTOS
A francesa TotalEnergies apresentou nesta segunda-feira (29), em Nova York, a sua estratégia para o período entre 2026 e 2030. A companhia pretende aumentar sua produção de energia (petróleo, gás e eletricidade) em cerca de 4% ao ano até 2030, ao mesmo tempo em que pretende reajustar a aplicação de novos investimentos. Os planos foram detalhados pelo presidente e CEO da companhia, Patrick Pouyanné, junto com os membros do Comitê Executivo.
A TotalEnergies projeta um crescimento de +3% ao ano na produção de petróleo e gás entre 2024 e 2030, apoiada na entrada em operação de projetos relevantes de seu portfólio, com 95% da produção prevista para 2030 já em operação ou em desenvolvimento. Em 2025 e 2026, esse crescimento deve superar 3% ao ano, impulsionado pelo início de vários projetos de petróleo de alta margem (offshore nos EUA, Brasil, Iraque e Uganda) e grandes projetos de gás e GNL (NFE no Catar, Jerun na Malásia).
Além disso, a empresa também pretende elevar sua produção de eletricidade em cerca de 20% ao ano até 2030, alcançando entre 100 e 120 TWh/ano, dos quais 70% serão renováveis e 30% gás flexível. A petroleira concentrará investimentos nos principais mercados desregulados (EUA, Europa e Brasil), onde implanta seu modelo integrado. “A diversificação lucrativa da TotalEnergies na cadeia elétrica diferencia positivamente a empresa em relação aos concorrentes e gera valor para os acionistas ao sustentar o crescimento de dividendos independentemente dos ciclos de Petróleo & Gás, fortalecendo a resiliência da companhia”, detalhou a companhia francesa, em comunicado.
Ao mesmo tempo em que confirma seus objetivos de crescimento, a TotalEnergies anunciou um programa de economia de US$ 7,5 bilhões (Capex + Opex) entre 2026 e 2030. A companhia reduziu sua projeção de Capex líquido para aproximadamente US$ 16 bilhões em 2026 e US$ 15-17 bilhões anuais entre 2027 e 2030, valor US$ 1 bilhão menor por ano em relação ao previsto anteriormente. A empresa seguirá focada em projetos upstream de alta margem e será seletiva em investimentos de baixo carbono, que devem somar cerca de US$ 4 bilhões por ano, incluindo US$ 3 a 4 bilhões anuais destinados ao negócio de Energia Integrada.
A petroleira também projeta reduzir as emissões de suas operações, sendo -50% em Petróleo & Gás Escopo 1+2 até 2030 em relação a 2015; e -80% em emissões de metano até 2030 em relação a 2020.
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