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PRIMEIRO PLANO NACIONAL DE INFRAESTRUTURAS DE GÁS E BIOMETANO TEM 14 PROJETOS COM INVESTIMENTOS QUE TOTALIZAM R$ 42 BILHÕES

FOTO-Heloisa-Borges-e1704227252987-768x655A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou nesta semana a primeira edição do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB). O documento (disponível neste link) estabelece diretrizes para o desenvolvimento coordenado da oferta, da demanda e da infraestrutura desses insumos no país. Foram analisados 14 projetos considerados de grande importância para ampliar a disponibilidade de gás natural, reduzir gargalos e expandir a malha integrada de gasodutos, além de propor alternativas para conexão do biometano ao Sistema de Transporte de Gás Natural (STGN). O documento, que teve coordenação geral da diretora de Petróleo, Gás e Combustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Borges (foto), está em consulta pública até 28 de outubro.

O conjunto dos investimentos previstos soma mais de R$ 42 bilhões, contemplando estações de compressão, gasodutos de transporte e de escoamento, unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e hubs de biometano. A extensão total dos gasodutos avaliados ultrapassa 2.300 km. Caso todos os projetos sejam executados, a expectativa é de geração de mais de 90 mil empregos e impacto superior a R$ 20 bilhões no PIB durante os períodos de implantação.

Captura de tela_29-9-2025_184230_www.epe.gov.br

Traçado da conexão entre Brasil e Argentina – clique para ampliar

Entre os empreendimentos, destaca-se o gasoduto Conexão Brasil-Argentina, projetado para viabilizar o aproveitamento do gás produzido no país vizinho, que possui a segunda maior reserva de gás de folhelho do mundo. O duto terá 24 polegadas de diâmetro, 593 km de extensão, pressão de projeto de 75 kgf/cm² e capacidade de transporte de 15 milhões de m³/dia. O traçado ligará Uruguaiana (RS) a Triunfo (RS), conectando segmentos já existentes do GASUP, com investimento estimado em R$ 8,9 bilhões.

Outro projeto em evidência é o Corredor Pré-Sal Sul da NTS, que prevê a duplicação dos gasodutos GASJAP e GASCAR (no trecho Taubaté–Japeri), a duplicação de três estações de compressão (Taubaté, Vale do Paraíba e Campos Elíseos) e a construção de uma nova estação em Piracaia (SP). O novo gasoduto, denominado GASDUT, terá 294,5 km de extensão, 28 polegadas de diâmetro, capacidade bidirecional e compartilhará faixa de servidão com os dutos existentes. O investimento previsto é de R$ 7,7 bilhões.

biometanoTambém recebeu destaque o projeto de escoamento e processamento do gás dos campos de Bacalhau e Aram, na Bacia de Santos, até Cubatão (SP). Os estudos que embasam o Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 indicam volumes significativos de gás natural associado nessas áreas. Sem infraestrutura adequada, parte do insumo precisaria ser reinjetada, reduzindo o valor econômico e energético. O gasoduto terá 360 km e custo estimado de R$ 5 bilhões.

O PNIIGB traz ainda alternativas para viabilizar hubs de biometano conectados à malha de transporte. A proposta é que polos de produção se integrem a esses hubs e, a partir deles, ao sistema nacional, permitindo que consumidores de gás natural tenham acesso ao insumo renovável e avancem na descarbonização de seus portfólios energéticos. Nesta primeira edição, foram apontados dois projetos: um em São Carlos (SP) e outro em Porecatu (PR), ligado ao sistema por um gasoduto até Bilac (SP).

Por fim, destaca-se que os projetos que aqui foram listados não estão necessariamente aprovados para serem construídos. Concluída a etapa do PNIIGB, caberá à ANP promover as próximas etapas do processo da outorga das autorizações para as atividades relacionadas às infraestruturas e instalações nele previstas, por meio de processo seletivo público, visando às indicações dos projetos mais vantajosos sob os aspectos técnico e econômico“, informou a EPE.

Confira abaixo um resumo dos projetos detalhados no plano:

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