CNPE DETERMINA NOVA RODADA DE ESTUDOS SOBRE CONCLUSÃO DAS OBRAS DE ANGRA 3
Dito e feito. Como o Petronotícias antecipou na manhã de hoje (1º), o governo vai fazer uma nova rodada – sim, mais uma – de estudos sobre Angra 3. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou nesta quarta-feira que a Eletronuclear e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) façam uma atualização e complementação das análises relativas à modelagem econômico-financeira para a conclusão da planta nuclear. É uma saga interminável, onde o principal perdedor é o próprio Brasil, que está há anos esperando pela entrada do projeto na rede elétrica nacional, garantindo energia firme e mais estabilidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A nova rodada de estudos deve analisar três alternativas. A primeira delas é a manutenção dos termos do acordo com investimentos firmado entre a Eletrobrás e a ENBPar, com a participação de sócio privado. A segunda é a conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União). Por fim, será detalhado ainda o custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas.
O ministro Alexandre Silveira repetiu o seu discurso favorável à continuidade do projeto: “Angra 3 robustecerá o sistema integrado nacional com energia limpa, firme e de base, fortalecendo a segurança energética do país”, afirmou.
Antes do acordo entre Eletrobrás e União, as estimativas apontavam que os custos de finalização e de abandono da obra eram similares: R$ 23 bilhões para concluir e R$ 21 bilhões para desistir. Até então, o arranjo para concluir a obra previa 10% de aporte de capital próprio (R$ 2,4 bilhões) dos acionistas – sendo que a Eletrobrás arcaria com um terço do valor (cerca de R$ 800 milhões) e a ENBPar com dois terços (R$ 1,6 bilhão).
Contudo, após o acordo com a União, a Eletrobrás se desobrigou de novos aportes em Angra 3, mantendo apenas as garantias já prestadas nos financiamentos existentes. A companhia elétrica também quer vender sua participação na Eletronuclear. Desde sua privatização, em 2022, a Eletrobrás mantém 35,9% das ações ordinárias da estatal nuclear, além de 67,95% do capital total.
Uma obra como essa só vai pra frente com dinheiro estatal. Infelizmente o mundo é assim, ainda mais em um país da periferia do capitalismo. A Eletrobrás, após a privatização, conseguiu se livrar de aportar 6 bilhões na obra de Angra 3 através da cessão de três cadeiras no conselho de administração para o governo. Sem dúvidas, são as cadeiras mais caras do mundo e isso foi um péssimo negócio para o povo brasileiro. Um exemplo claro de privatização dos lucros e socialização dos prejuízos. Sou a favor da finalização de Angra 3, não só pelo simples cálculo financeiro de… Read more »
Enquanto a politicagem não parar e o bom senso prevalecer, essa obra não vai andar e o Brasil perder com isso.
O governo não está, pelo menos hoje,preocupado com o futuro do país. Por isso, nada faz.